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O alerta para a desigualdade social no Brasil - Parte 2

Legenda:  O alerta para a desigualdade social no Brasil  Foto:  Shutter Senhoras e senhores, Meu nome é Preto Zezé, um jovem preto, sobrevivente das ruas. Sou nascido e criado nas quadras de Fortaleza, no Ceará. Meus pais são retirantes nordestinos que, fugindo da seca e da fome, vieram tentar vida nova na capital cearense. Muito cedo eu tive que assumir responsabilidades para levar alguns trocados para dentro de casa, já que as notas azuis da escola não empolgavam como as notas azuis de dinheiro. Mesmo com as dificuldades, consegui com supletivos e muito esforço concluir meu segundo grau e entrar na universidade. Ainda assim, tive que abandonar os estudos devido às necessidades da vida falarem mais alto. Hoje, presido a Central Única das Favelas (CUFA), organização que está presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal e, agora, em mais 20 países, sendo as últimas sedes criadas na África, especificamente na Etiópia, Guiné Bissau e Camarões. No início de 2021, mobiliz

O alerta para a desigualdade social no Brasil - Parte 1

Comentário do Blog:  Aqui na Parte 1 reproduzo um artigo da Fundação Getúlio Vargas para que possamos entender que o envelheciemnto da população brasileira está ocorrendo em um ambiente de desconforto máximo prognosticando um péssimo futuro para a velhice. FGV: mais pobres sofrem maior impacto na pandemia -  O Índice de Gini, que mede desigualdade, atingiu 0,640 no 2º trimestre A pandemia da covid-19 provocou um choque de grandes proporções não só pela sua intensidade como pela sua abrangência geral e as pessoas foram impactadas em diferentes estratos sociais, localidades e aspectos de suas vidas, mostra a pesquisa Desigualdade de Impactos Trabalhistas na Pandemia, coordenada pelo diretor da Fundação Getúlio Vargas Social (FGV Social), Marcelo Neri. Segundo o levantamento, a pressão maior ficou para os mais pobres. A intenção dos pesquisadores foi mostrar “uma visão ampla e atual da desigualdade de impactos trabalhistas da pandemia no Brasil”. O estudo divulgado hoje (9), indicou, que

A pobreza da velhice se forja na juventude

  Parece velha e o expressa.  Ela teoriza sobre o assunto e aconselha seus semelhantes sobre o assunto.  Anna Freixas (Barcelona, ​​1946) escreveu para gente como ela, que não tem medo de conjugar a primeira pessoa em adjetivos tão reais quanto estigmatizados pela sociedade.  Esta escritora foi professora universitária escreveu e   publicou  'Yo, vieja' (Capitão Swing, 2021)  , uma espécie de manual repleto de notas sobre a sobrevivência “para seres livres” na velhice, como diz o subtítulo da obra.  Casual, Freixas cobre em seu trabalho os medos, as incertezas e as certezas da velhice moderna, a experiência da pele enrugada;  e também traça a realidade da independência econômica nessa faixa etária, cuidado, perda de vínculo e, claro, morte. Valorizamos a experiência como algo positivo ao longo de nossas vidas até envelhecermos?  A partir daí, dá a sensação de que o conhecimento não vale mais nada. É como um salto semântico.  Na velhice é quando você tem mais conhecimento, exper

Quem nos salvará?

Comentário do Blog: Essa mulher fantástica nascida em Barbados em1965 chama-se  Mia Amor Mottley é a atual primeira-ministra de seu país, desde maio de 2018, e líder do Partido Trabalhista de Barbados. Mottley é a oitava pessoa a ocupar o cargo de primeiro-ministro em Barbados e a primeira mulher a ocupá-lo. A pergunta da Mia Amor Montley é a mesma que devemos fazer em relação a condução/posição responsável sobre o envelhecimento.   Mia Amor Mottley subiu ao pódio, na sexta-feira, determinada a dizer o que líderes queriam evitar escutar. E imediatamente foi elevada a uma espécie de celebridade diplomática, com comentários de que, finalmente, o mundo tinha uma líder. Quando seu microfone foi ligado em Nova Iorque, ela foi clara: não iria repetir discursos. E lançou:  "quantas vezes mais teremos então uma situação em que dizemos a mesma coisa repetidas vezes, para não chegarmos a nada?". "Meus amigos, não podemos mais fazer isso".  No lugar de um discurso robótico, el

Estrategias para combatir el edadismo en los servicios de salud

 Comentário do Blog:   Mesmo publicado com "atraso", aqui no Blog, a importãncia do conteúdo é contínua e permanente. Permanente até abolirmos o preconceito o quê demanda muito trabalho. En el marco del 30° aniversario de ISALUD, el Centro de Estudios sobre Envejecimiento Activo y Longevidad –CEAL-, convoca a la jornada “ Estrategias para combatir el edadismo en los servicios de salud” . La Década del Envejecimiento Saludable (2021-2030), aprobada OMS y por la Asamblea General de las Naciones Unidas en 2020, es una oportunidad única para reforzar el trabajo en el área del envejecimiento, en particular la forma de pensar, sentir y actuar con respecto a la edad. A partir de las experiencias que nos deja el COVID-19 y su especial impacto en la salud de las personas mayores se vuelve prioritario reflexionar sobre las mejores estrategias para promover sistemas de salud anti-edadistas y adaptados a las necesidades de las personas mayores. Programa Palabras de bienvenida | Autorida

Sugestões de leitura

  Autor: AAVV  Editora: EDITORIAL UNATE Publicado em: 2021 ISBN: 978-84-123618-0-3 "Esta é uma sociedade estranha em que a maioria deseja viver muito e com boa saúde, mas trabalha de costas para os idosos.  As mortes de idosos em residências durante a pandemia, a infantilização de um grupo que se mostra homogêneo mesmo em sua vulnerabilidade ou a falta de espaços de participação e valorização dos idosos são sintomas de um problema estrutural. Vivemos em uma sociedade etária que torna a maioria das pessoas mais velhas invisíveis e que administra desajeitadamente a necessidade natural de cuidados.  Neste livro, seis vozes autoritárias e críticas estabelecem o debate e nos ajudam a compreender muitas das questões-chave que precisariam ser abordadas para que o envelhecimento não seja mais considerado um problema, para que paremos de atirar pedras em nosso próprio telhado. Este livro reúne conversas realizadas entre novembro de 2020 e março de 2021 com os especialistas Mónica Ramos Tor

Dia dos Surdos, 26 de Setembro: língua, identidade e cultura

  Data celebra importantes conquistas da comunidade surda e reitera lutas e resistência  Por:  Juliane Farah Arnone  Mestre em Linguística pela Universidade de São Paulo e especialista em Libras No dia 26 de Setembro é comemorado o Dia Nacional dos Surdos no Brasil. Esta data marca a fundação, em 1857, no Rio de Janeiro, do primeiro instituto de educação para surdos do país, atualmente chamado de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). No Dia dos Surdos, além de serem celebradas as importantes conquistas da comunidade surda, são reiteradas suas lutas e sua resistência. Temos a oportunidade e somos convidados a refletir e a debater sobre questões importantes acerca de temas como os  direitos dos surdos , acessibilidade e minorias linguísticas. João Victor Torres Rocco, que é surdo, e sua mãe, Neusa Torres Rocco D´Arena -  Rubens Cavallari/Folhapress É importante ressaltar que quando falamos em comunidade surda, estamos nos referindo a uma comunidade heterogênea e dive