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A velhice inspirando a alegria na arte

Um artista transforma idosas galegas em super-heroínas em murais gigantes "Não se surpreenda se você vir um octogenário na Galícia podando uma árvore frutífera" Comentário do Blog: Este artigo foi publicado por El Pais em dezembro  de 2017. Mas em março de 2017, o El Pais também dedicou um artigo ao fotógrafo/pintor Joseba Muruzábal que fazia  a seguinte análise: "El objetivo de mis imágenes, es dar testimonio del trabajo que estas mujeres desempeñan en sus hogares y la relevancia que esto tiene en su entorno. Es una realidad que el minifundio gallego es cosa de mujeres y este hecho es determinante para que desarrollen una mentalidad de trabajo y una fuerza para ejecutarlo fuera de lo normal."  Eis aí o elemento principal da minha alegria: a visão, o respeito e a consciência de que velhice não é doença e que somos todos cidadãos de direitos e deveres. Por isso este post. Logo a seguir é possível clicar no nome do artista que o levará ao artigo anterior que vale muit

Vemos o mundo através da nossa história

Por que a evidência falha em mudar o que pensamos Nós não vemos a realidade, mas o que nossas crenças filtram. É por isso que, quando contradizem nossa visão, achamos tão difícil descartá-la. O que vemos do mundo não é uma cópia exata da realidade, mas o que é filtrado através de nossas crenças. Tudo está de acordo com o vidro com o qual se olha, diz o poema de Ramón de Campoamor que se tornou um ditado famoso. Múltiplas investigações científicas mostram que o que vemos não é o resultado lógico da evidência, mas é baseado em nossa própria história, preconceitos e suposições. Tanto é assim que, apesar de enfrentarmos dados objetivos que contradizem essa visão anterior, achamos muito difícil mudá-la. É um conflito cognitivo que experimentamos quando nossa maneira de conceber situações é ameaçada. Desta forma, o que é colocado em jogo não é a verdade, mas a própria identidade. Nossa mente, mesmo, é capaz de fazer malabarismos para manter a coerência entre os pensamentos. Dados e crenças

O direito a uma velhice digna

15 de junho - DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA Quando lutamos por “nenhuma a menos”, não consideramos que as mulheres mais velhas também fazem parte desse grupo. Assim como é difícil para nós reconhecer que os mais altos graus de violência aparecem na própria família, particularmente em situações de cuidado. Devemos construir em cada um de nós uma esperança e uma promessa de uma velhice digna. Ricardo Iacub (*) Nem sempre é fácil saber o que significa abuso, maus-tratos ou violência, mas é absolutamente necessário compreendê-lo porque os efeitos que surgem geralmente são sérios tanto individual quanto socialmente. Hoje, é a velhice que exige pensar sobre como ela é tratada e como ela deve ser tratada. A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o dia 15 de junho como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, permitindo que nós, como sociedade, reconheçamos as dificuldades em lidar com esse estágio vital e estabeleçamos um so

Cecília Minayo recebe título de pesquisadora emérita da Fiocruz

Junto com Cecília, os pesquisadores Renato Sérgio Cordeiro, Euzenir Sarno, Alzira Mara e Paulo Zech também foram agraciados. A cerimônia aconteceu na Tenda da Ciência Virgínia Schall, no campus Manguinhos no Rio de Janeiro, na sexta-feira, 31 de maio. A entrega contou ainda com a presença do diretor do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), José Paulo Leite; do diretor da Fiocruz Pernambuco, Sinval Brandão; da diretora da Fiocruz Minas, Zélia Profeta e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Paulo Garrido. "Se nós só encontrarmos o lado biológico, nunca entenderemos a pessoa na sua integralidade ... ¨ “Desde os 7 anos de idade eu faço discurso, com esta idade subi num banquinho para cumprimentar o prefeito de Belo Horizonte em nome do buraquinho de Minas Gerais, onde eu nasci… De lá pra cá já recebi muitos prêmios, mas este aqui, pra mim, é o mais especial, pois quando eu cheguei na Fiocruz, realizei um sonho de poder fazer ciência ligada à questão socia

O viver e o morrer

O Envelhecer Diante da Ameaça de Morte e do Desejo de Vida – uma reflexão Bergmaniana “Ao nos vermos diante da morte e ao mesmo tempo desejando a vida, nos deparamos com o silêncio do Divino. Chamamos, mas ninguém responde. É quando nos percebemos finitos, com nossos respectivos prazos de validade prontos para, a qualquer momento, expirar.” Comentário do Blog: Leia também o artigo da Luciana Mussi sob o título  Reflexões sobre o medo da Morte. Luciana Mussi, doutora em Psicologia Social pela PUCSP, apresenta esta reflexão no seu novo livro: O Envelhecer Diante da Ameaça de Morte e do Desejo de Vida: uma reflexão Bergmaniana. O livro é um mergulho no documentário A Ilha de Bergman, no qual o diretor, Ingmar Bergman, então com 88 anos, revê sua vida e os mais de 60 anos dedicados ao cinema. A autora recorre também às reflexões do filósofo romana Cícero sobre o envelhecer e a trajetória de transformação da deusa grega Deméter para propor a seguinte reflexão: o remédio para as dores da vid

As muitas possibilidades de reinvenção

Aos 17 anos, ganhei do meu pai uma Guia do Estudante para ajudar-me na escolha da minha profissão. A leitura foi tão angustiante porque simpatizei com psicologia, odontologia e administração. Três profissões tão diferentes e acabei optando por administração. Hoje acho que por forte influência do meu exemplo paterno. Nessa lembrança duas perguntas me inquietam: Como exigir de um jovem, com tão pouca experiência de vida, que escolha uma profissão? Como dizer para um adulto de 60 anos, com tanta experiência de vida, que não existe outra profissão? Comentário do Blog: Denise Mazzaferro foi muito feliz em trazer  Tomie Ohtake como exemplo claro de que velhice não é doença e reinventar-se é um componente mestre do viver. É vida. Estamos num momento de questionamentos, de quebra de paradigmas, de reinvenções necessárias para a construção da cultura do Longeviver. Temos mesmo uma única vocação? Podemos ou não escolher no final da adolescência  ser dentistas e aos 50 anos voltar a estudar e no

Isabel Allende - 76 anos

Isabel Allende: “El amor me dura 20 años La escritora más leída en español presenta su novela 'Largo pétalo de mar' y anuncia, enamoradísima, su inminente boda a los 76 años. Comentário do Blog:  Isabel Allende é uma pessoa extraordinária e uma escritora chilena/norte-americana. Entre outras obras, é autora de A Casa dos Espíritos.  Hace dos años, cuando vino a Madrid a presentar su penúltimo libro,  Más allá del invierno , andaba ilusionada como una quinceañera de 75 años y quería pregonarlo a los cuatro vientos. Se había enamorado de Roger, “un gringo medio polaco”, que estaba “empacando su vida” en Nueva York para irse a vivir con ella a California tras un noviazgo de meses a base de correos electrónicos y visitas relámpago. “No hay amor sin riesgo”, piaba entonces la escritora en español más vendida en el mundo. Hoy hemos quedado de buena mañana en el hotelazo donde duerme cuando viene a España con novela nueva -una al bienio- y trae, en efecto, a su criatura literaria bajo