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Garota de Ipanema: Gingado Rumo à Velhice

Essa tal de meia idade mais parece uma reviravolta na vida. De uma hora para outra o tempo nos vira do avesso e eu, longe de parecer a Garota de Ipanema que envelhece como musa, faço esforços sobre-humanos para me adaptar a essa nova forma de caminhar pela vida e na velhice. Nestes últimos tempos a música garota de Ipanema não me sai da cabeça. A mais conhecida canção da bossa nova, composta em 1962 por Vinicius de Moraes e Tom Jobim tornou-se um hino à graça e aos atributos femininos lindamente representados por Helô Pinheiro, que na época, com 17 anos, encantou os compositores que, sentados à mesa de um bar, a viam passar a caminho do mar. A garota de Ipanema chamava atenção não só por sua jovialidade e beleza, mas também por desfilar um balançado que era bem mais que um poema, como já dizia a canção. O encanto de seus passos foram transformados em uma música mundialmente conhecida e eu, ultimamente, cantarolo sua melodia numa tentativa de elaboração dos fatos. Atualmente, estou pass

Os hábitos saudáveis ​​das pessoas longevas?

Imagem: Dona Lucimar pertence ao povo Huni Kui (Kaxinawá) do Acre. A longevidade extrema positiva, ou seja, ultrapassar uma centena de anos em boas condições físicas, mentais e sociais, é um privilégio extraordinário que poucas pessoas podem alcançar. Se as pessoas alcançam essas idades avançadas, é porque elas têm condições ou circunstâncias muito favoráveis ​​e propícias. Comentário do Blog; O autor do  ar tigo  o médico gerontólogo Victor López García, menciona a brasileira Maria Lucimar Pereira como uma das pessoas mais idosas a qual apresentamos: " A índia acreana Maria Lucimar Pereira é a mulher mais velha do mundo. Nascida no dia 3 de setembro de 1890, a longeva senhora, que foi batizada na medicina tradicional da floresta, tem 124 anos de idade. De acordo com parentes, Lucimar é viúva, teve 10 filhos (apenas três vivos) e 22 netos. Apesar de conhecer a “língua do branco”, ela se expressa na língua Hã Txá Kui, tronco linguístico Pano. “A dona Lucimar simboliza a resistênc

Envelhecimento é tema no ‘Panorama’ da TV Cultura

O Programa UniversIDADE, desenvolvido pela Unicamp, comemorou o Dia Internacional do Idoso, em 4 de outubro, com a realização do III Seminário sobre longevidade e qualidade de vida da Unicamp com o tema “Idoso, um novo personagem na sociedade atual”. Comentário do Blog: A Unicamp está entre as instituições que começam a pensar e a ver o envelhecimento sob o ângulo de que "pertencemos ao mesmo planeta". Por esse motivo mencionei o Seminário como uma introdução a conversa  de Alexandre Kalache e Marília Louvison no Panorama da TV Cultura. "  Esses anos extra de vida são um privilégio sem precedentes. O que está acontecendo é de fato uma revolução a Revolução da Longevidade.“Revolução é o colapso da ordem social em favor de um novo sistema... A revolução da longevidade nos força a abandonar as noções existentes de velhice e de aposentadoria. Essa construção social é simplesmente insustentável diante do incremento de 30 anos de vida.”  Ainda como introdução completo com mais

No dia seguinte ninguém morreu in As Intermitências da Morte

No dia seguinte ninguém morreu (IN Intermitências da Morte, José Saramago. 2005) Comentário do Blog: Saramago  faz desta frase título do seu livro  "No dia seguinte ninguém morreu" o ponto de partida para ampla divagação sobre a vida, a morte, o amor e o sentido, ou a falta dele, da nossa existência.  Fiel ao seu estilo e ainda mais sarcástico e irônico, Saramago vai além de reflexões existenciais, fazendo uma dura crítica a sociedade moderna (o país da obra é fictício) ao relatar as reações da Igreja, do Governo, do Clero, dos repórteres, dos filósofos, dos economistas, das funerárias, casas de pensão, hospitais, seguradoras, das famílias com um moribundo em casa, da  máphia , etc.   Com esses argumentos José Carreira, o autor deste artigo. tece suas considerações. Envelhecer é fantástico porque a única possibilidade de estancar este processo, iniciado ao nascer, é morrer! Antes envelhecer do que morrer! Queremos envelhecer e temos o direito de envelhecer bem. Envelhecemos

Cuidar da saúde do idoso é cuidar do bem estar durante toda a vida

Da esquerda para direita: José Gomes Temporão, Dalia Romero e Maria Fernanda Lima. (Foto): Rafaela Santanna/Icict/Fiocruz. Imagem  CEE-FIOCRUZ  em 28/10/2017 A defesa de uma agenda baseada na seguridade social e de enfrentamento da desigualdade, que garanta bem estar a todos, em todas as etapas da vida, esteve em pauta no seminário  Envelhecimento saudável sem estado de bem estar e sem SUS? , resultado de parceria entre Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz e o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). O evento, da série Futuros do Brasil, foi realizado em 17/10/2017, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, contando, na mesa de abertura, com o vice-presidente de Pesquisa e Coleções Científicas, Rodrigo Correa de Oliveira, o diretor do Icict, Rodrigo Murtinho, e a pesquisadora Dalia Romero, coordenadora do Grupo de Estudos em Saúde e Envelhecimento (Gise/Icict/Fiocruz). A pesquisadora da Fiocruz Minas Maria Fernanda Lima-Costa,

O canteiro dos sonhos de Angela Lago vive em nossos corações - Parte 2

Andei de um lado para o outro sem acreditar. Repassei todas as mensagens dela, li e reli. Senti vontade de sair correndo em direção a Belo Horizonte para dizer à Angela Lago: “Obrigada por me ensinar que sonhos não morrem”. Prometo a você, Angela Lago, que vou continuar regando o canteiro de sonhos que você plantou. Continuação da Parte 1 da homenagem de Déa Januzzi para Angela Lago Intervalo – Levei tempos para conseguir a internet local, cara, de fibra ótica, até que a vida ficou novamente ligada à tecnologia e pude reencontrar Ângela Lago. Não é que ela havia também se mudado para a Serra do Cipó? Numa chácara de 5 mil metros quadrados, que ela reformou toda, outra vez. Estava enfrentando os mesmos problemas de conexão com outros mundos. Ligada às estações da vida, Angela Lago postava fotos de ipês, das tempestades da Serra do Epinhaço, violentas, exageradas, viscerais, mas sem os dramas urbanos que derrubam barracos, que encharcam vidas. Até que um dia, a postagem de que tinha ca

O canteiro dos sonhos de Angela Lago vive em nossos corações - Parte 1

Na bucólica paisagem de Biribiri/MG, Angela mantinha rotina criativa, tomava banhos diários de cachoeira e ainda encontrava tempo para aprender a dirigir (foto: TÚLIO SANTOS/EM/D.A PRESS) Ainda embriagada com a morte de Ângela Lago, decidi. Não vou falar da ilustradora de Cântico dos Cânticos. Nem das mais de 40 obras-primas dessa autora/ilustradora. Quero falar dessa mulher incrível que passei a acompanhar nas redes sociais a partir do momento em que decidiu se mudar de Belo Horizonte para Biribiri, um vilarejo de 35 casas, a 12 quilômetros de Diamantina. Angela Lago já havia passado por vários lugares, Estados Unidos, Venezuela, Escócia e, claro, Belo Horizonte, a cidade onde nasceu. “Tenho muito apego a BH, mas nem tenho mais uma base fixa lá. Minas é toda da gente. Em Biribiri estou apaixonada. Aqui é muito mineiro. Tenho a sensação de que é uma escolha definitiva”. Quando comprou a casa de número 14 da vila, teve que reformar a parte elétrica, pintar, fazer alguns reparos e durant