O prestigiado antropólogo francês publica 'As Pequenas Alegrias', breviário para se encontrar a felicidade na vida cotidiana "apesar de tudo" Nem triste nem alegre, mas intenso. É assim que se vê o antropólogo Marc Augé (Poitiers, 1935) atributo com o qual ele mesmo define a chanson , cujo cantarolar ele exalta como um dos gestos cotidianos que nos proporcionam “alegrias, apesar de tudo" – assim como sair da cama de um hospital e já poder ir a um bar ali perto e, dentro de poucos dias, voltar para casa; tomar um café ou comer um prato de massa com os amigos, o retorno a um romance ou um filme para reviver o impacto que nos causou ... E esse tudo são os muitos males que afligem a sociedade em que em 1992 ele cartografou a existência de não lugares ( Não Lugares – Introdução a uma Antropologia da Supermodernidade , editora Papirus, 2017) – aeroportos, hipermercados na periferia, outlets gigantescos... – onde as relações interpessoais, cruciais para n