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Namoro na terceira idade pode ser intenso e saudável

Casais idosos são mais positivos em suas expressões afetivas É muito comum na nossa sociedade a ideia que de as pessoas mais velhas não amam da mesma forma que os jovens. Que lhes é permitido o amor pelos netos e pela família. Como se ficasse reservado aos velhos qualquer amor que seja assexuado. Quando trazem à tona sentimentos adormecidos, revivem emoções, lembranças e mostram desejos, os filhos e a sociedade ficam perplexos e apavorados, por acharem que não estão preparados para amar mais uma vez. Geralmente a família diz ao idoso, você está louco, como se a pessoa tivesse que esperar chegar o fim da vida sem poder vivenciar outras experiências e novas emoções. Na verdade, o amor na velhice é da mesma forma e tão intenso quanto na juventude. Só que vivido com mais experiência. O amor, a paixão, a sexualidade não estão condicionados apenas ao nosso corpo físico, nem atrelados exclusivamente à idade biológica. E estão inscritos também nos universos que tratam da cultura, da história e

Samba e cultura até ao envelhecer

Nei Lopes cantor, compositor, escritor e estudioso das culturas africanas, criticou a atuação da indústria do entretenimento no carnaval.                                                 Nei Lopes e Alexandre Kalache    Para ouvir a participação de Nei Lopes no 50+CBN com Alexandre Kalache, Mara Luquet e Debora Freitas.do dia 18/02/2017, clik no link   Nei Lopes no 50+CBN Nei Braz Lopes, ou simplesmente Nei Lopes, é um compositor, cantor, escritor e estudioso das culturas africanas, no continente de origem e na Diáspora africana. Notabilizou-se como sambista, principalmente pela parceria com Wilson Moreira. Nasceu em  9 de maio de 1942 (74 anos), em Irajá/RJ Aos 70 anos Nei Lopes lançaou três livros e se firmou como um dos maiores artistas e intelectuais do samba, aqui sua entrevista, nessa ocasião. RIO - Nei Lopes diz que o samba é o elemento em comum entre os três livros que lançará no Parque das Ruínas, dentro da Festa Literária de Santa Teresa, a partir das 16h de sábado, quatro dia

Oftalmologia se prepara para atender aos novos velhos

A oftalmologia geriátrica é um campo de estudos que vem crescendo justamente para atender a esses “novos velhos”, bem diferentes dos das gerações anteriores As estimativas para o ano 2025 são de que o Brasil terá a sexta maior concentração de idosos do mundo – acima de 32 milhões, quase 13% da população – e a prevalência de doenças oculares aumenta com a idade.   Do Blog Longevidade: Modo de usar, por Mariza Tavares Conversei sobre o perfil desses pacientes com a médica Marcela Cypel, doutora em oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo, coautora do premiado livro “Oftalmogeriatria” (com o professor Rubens Belfort Jr. e outros especialistas), filiada ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia e membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: “A oftalmogeriatria tem uma visão direcionada para o olho dentro do contexto atual. Não temos como fugir das alterações fisiológicas, mas o idoso de hoje é mais ativo e tem um nível de exigência bem maior: está no computador, diri

La vida es algo maravilloso, que pasa super rápido

Lourdes Bermejo – “¡No podemos seguir siendo una sociedad en la que la edad te obligue a dejar de ser tú mismo! El distanciamiento generacional es un tema recurrente en los foros sobre el envejecimiento y se nos pide que comprendamos a los Mayores, pero y ¿qué deberían de hacer ellos para conocer la realidad de los más jóvenes?  -  Bueno creo que la brecha que existe entre las relaciones es evidente pero mucho más pronunciada en personas mayores que tienen una cultura y una visión de la vida más parecida a la de sus padres, más vinculada a una sociedad rural del siglo XX, pero también existen muchas personas mayores, cada vez más, con una visión de la vida más parecida a la de sus hijos y nietos. En estos casos se trata más de prejuicios por parte de los más jóvenes hacia los mayores que diferencias reales en criterios, digamos más o menos objetivos. En mi experiencia durante muchos años con grupos con personas mayores, hemos tratado este tema y creo que las tertulias y los grupos soci

Dia de São Valentin - 14 de fevereiro

O 55º dia de São Valentin de  Jack 💘 George O dia dos namorados, ou dia de São Valentim, como é chamado em alguns países, é uma das principais datas comemorativas do planeta. A troca de presentes e mensagens entre os casais aquece o comércio e gera cifras colossais em diversos países. No entanto, a celebração nem sempre foi ligada ao comércio. A festividade tem raízes históricas que remontam aos rituais pagãos da Roma antiga. A rebeldia do santo o levou à prisão e ele acabou decapitado no ano de 270. Durante o período em que esteve trancafiado, Valentim teria se apaixonado por uma jovem, filha do carcereiro, com quem manteve um romance secreto. Antes de sua morte, o religioso lhe escreveu uma mensagem em que assinou “do seu Valentim”, criando aquilo que se tornaria o primeiro cartão de dia dos namorados. Jack e George se conheceram em 1961. Eles estão juntos desde então, e hoje novamente comemoram  São Valentin como um casal legalmente casado, o primeiro nos Estados Unidos. União faz

O Envelhecer e a visão de Mário Quintana

Envelhecer está atrelado àquilo que construímos ao longo da vida Enxergar a morte como um fim temível ou como um perigo iminente só compromete a possibilidade de viver intensamente e acumular experiências. Mesmo pacato e recluso, Mário Quintana viveu como um colecionador de visões do cotidiano… Mais do que poesias, produziu profundas reflexões, fazendo pensar sobre o tempo que passa, mesmo quando as preocupações tentam, em vão, estendê-lo um pouco mais. O poeta Mário Quintana viveu até quase 87 anos e, apesar de solteiro e solitário, especialmente conhecido por andarilhar pelas ruas do centro de Porto Alegre, deixou frases, poemas e crônicas construídos com humor refinado e repleto de sutilezas na linguagem. Em seus muitos livros publicados registrou textos com referência à velhice e à morte, sendo que envelhecer estava atrelado àquilo que construímos ao longo da vida e que nos representa, marcando nossa passagem pelo tempo. Percebi que estava ficando velho quando meus amigos se torna

Como queremos morrer - precisamos falar sobre

Somos seres que morrem, isso não podemos evitar. Somos seres que perdem aqueles que amam, e isso também não podemos evitar. Mas há algo aterrador que persiste, e isso podemos evitar. E, mais do que evitar, combater. É preciso que os mortos por causas não violentas cessem de morrer violentamente dentro dos hospitais. Aqueles que amamos se tornam vítimas de violência no espaço onde deveria existir cuidado. E nós, que os perdemos, também nos tornamos vítimas. Quando tudo acaba, não somos apenas pessoas que precisam elaborar o luto de algo doloroso, mas natural. O sistema médico-hospitalar faz de nós violentados. Não há apenas luto, mas trauma. E é preciso que comecem a responder por isso – ou a rotina de violências não cessará. Escrevo sobre o morrer e sobre a necessidade de recusar a “obstinação terapêutica” há quase dez anos. Em 2008, acompanhei o cotidiano de uma enfermaria de cuidados paliativos por quatro meses, para contar da morte com dignidade, a partir da ideia de que quando nã