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Mostrando postagens com o rótulo vida

Dê vida aos anos

  Por Osmachope Médico geriatra, e nas horas vagas, que são poucos, um pouco de tudo.  Trabalho no serviço geriátrico do Consorci Sanitari Garraf https://gericsg.com  Um dos desafios da geriatria é conseguir um envelhecimento o mais saudável possível, ou como diz uma frase típica “dê vida aos anos, não anos à vida”.  É por isso que quase sempre que posso no Twitter posto algo sobre #hazejercicio #muevete.  Mas embora o exercício seja uma das coisas que se deve fazer para "dar vida aos anos", só isso não é suficiente para atingir este objetivo. É por isso que quando a American Scientific Society (AGS) publica um artigo especial para nos lembrar de como "trazer os anos para a vida", não só acho importante lê-lo, mas também acredito que devo tentar para espalhar a palavra o mais amplamente possível.  E é por isso que não só trago aqui, mas também  em outro grande blog como o #PildorasGBE de @semeg_es  , onde além de facilitar a atualização em artigos técnicos de geriat

Aqui sigo - documentário de Lorenzo Hagerman

O extraordinário documentário Aqui sigo revela uma verdade tão simples e profunda quanto o seu próprio título: pessoas com idade avançada que reivindicam seu lugar no presente, e não o passado para o qual tendemos a relegá-los. A câmera de Lorenzo Hagerman seguiu de perto homens e mulheres com mais de 86 anos de idade, de sete países em três continentes, cujo denominador comum é a plenitude com a qual eles desfrutam de sua existência. Todo o "velho" cativante do documentário revela o segredo da sabedoria ancestral e que, sabendo que não têm mais nada, vivem todos os dias pelo que é: um presente que é por isso que se chama presente. Nada mais.  Comentário do Blog:  Um super documentário onde o Diretor nos convida a enfrentarmos a nossa existência  seguindo as minhas máximas preferidas: Velhice não é doença; Viver o presente é fundamental e finalmente Aprender a envelhecer é preciso. A tradução é livre para o texto e o original pode ser lido ao Clicar o endereço da Fonte. Lemb

Aprendizado intergeracional sobre o Amor

Há três anos, minha mãe me enviou uma mensagem de texto que dizia: "Vovó Gert: 3, Jake:0". Era uma piada: Gert, sua mãe, aos 80 anos, se casaria pela terceira vez, enquanto eu, aos 28 anos, ainda era solteiro. No entanto, a mudança mais estranha de todas - talvez estranha demais para brincar - foi que o futuro marido de Gert era seu ex-cunhado, Bill. O que minha avó me ensinou sobre o amor Minha avó estava se casando pela terceira vez. Desta vez, com seu ex-cunhado. Eu nunca pensei que poderia invejá-los. Por: Jake Maynard 10/01/2020 - Publicada na Amazon.com Atualizado 15 de janeiro de 2020 Tio Bill, que se casara com a irmã de Gert, também estava a caminho do terceiro casamento, aos 79 anos. Os cônjuges anteriores de ambos haviam morrido, três por câncer e um por parada cardíaca. Minha família sempre foi complexa e caótica, espalhou-se como queijo se espalhando por dois condados na parte mais rural da Pensilvânia. E nossa árvore genealógica parecia cada vez mais faulkneria

Se puder envelheça

Os poetas tem o dom de saber colocar em palavras coisas que sentimos e não sabemos explicar, quando se trata de velhice as opiniões divergem muito, e como poeta, talvez Oswaldo Montenegro te convença a olhar para o envelhecimento com outro olhar, mais gentil com sua história, mais feliz com seu presente. Leia: “A pergunta é, que dia a gente fica velho? Não vem dizer que ‘aos poucos’, colega, faz 5 minutos que eu tinha 17 anos e fui-me embora de Brasília, pra mim meu primeiro show foi ontem, e hoje eu tô na fila preferencial pra embarcar no avião. Tem um garoto dentro de mim que não foi avisado de que o tempo passou e tá louco pra ter um filho, e eu já tenho netos. Aconteceu de repente, o personagem do Kafka acordou incerto, eu acordei idoso, e olha que eu ando, corro, subo escadas e sonho como antes. Então o quê que mudou? Minha saúde e minha energia são as mesmas, então o quê que mudou? Bom, a unica coisa que eu sei que mudou mesmo foi o tal do ego, a gente vai descobrindo que não é n

Erótica é a alma

 Após 05 anos retorno para o espaço onde fiz minha estreia como Blogueira e trago no "braço" toda a produção. Com a grande Adélia Prado como marco dos meus recomeços. Vamos juntos exercitar o aprender a envelhecer Reapresentando o Blog Viva a Velhice. Para um bom começo escolhi a nobreza de um texto de Adélia Prado. Outros textos serão buscados e aqui apresentados. Dos  escritores, poetas e cientistas compartilharei o conteúdo que, em acordo com  minhas ideias, será um valioso contributo para o alcance do propósito deste blog que é o de bem Viver a Velhice.  Adélia Prado em "Erótica é a Alma". "Todos amos envelhecer... Querendo ou não, iremos todos envelhecer. As pernas irão pesar, a coluna doer, o colesterol aumentar. A imagem no espelho irá se alterar gradativamente e perderemos estatura, lábios e cabelos.  A boa notícia é que a alma pode permanecer com o humor dos dez, o viço dos vinte e o erotismo dos trinta anos. O segredo não é reformar por fora. É, acima

Resistiremos. Subindo e descendo as escadarias da vida

A Resistência é o nome do quadro que ilustra esta postagem. Um óleo sobre tela de Milton José Faria Subir e descer as escadarias da vida Por Milton José Faria Estavam em redor de uns e outros ociosos, um homem, trocando ideias. Quando, em passagem,  aparece o Senhor. Então, o Senhor avista, entre os que estavam reunidos, esse homem e virando-se disse a ele: Vem a mim. Esse homem, então, saiu junto dos demais e foi até ao Senhor, que lhe falou: anda comigo  e o homem o seguiu. Foram andando, andando, sem trocar nenhuma palavra. Demorou um pouco, tempo que pareceu longo. Chegaram em frente a uma escadaria e o Senhor, então, apontou ao homem dizendo: Iremos subir, mas, antes, porém, devo dizer que essa escadaria tem oitenta e dois (82) degraus, não os conte. E, ainda, o Senhor disse-lhe: não reclame ao subir, porque já sei dos problemas com o seu corpo físico. Vamos, apenas, galgar os degraus. Iremos ao topo da escadaria, pelo meio dela sem segurar em parte alguma. Vamos, subir. Assim, co

O Envelhescente por Mário Prata

Se você tem entre 50 e 70 anos, preste bastante atenção no que se segue.  Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira. Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 50 e os 70), existe a ENVELHESCÊNCIA. A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade . Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso: — Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? — Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos. — Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhesce

Dia Internacional das Viúvas

Todas vivem numa rua de 430 metros na cidade de Navarrevisca, em Ávila. Elas fazem parte dos dois milhões de mulheres que recebem a pensão de viuvez, na Espanha. Nota das Nações Unidas de 2018 -  Neste Dia Internacional das Viúvas (23 de junho) a # ONU  chama atenção para as 285 milhões de mulheres nesta situação no mundo, sendo que mais de 115 milhões vivem na extrema pobreza. Essa data é uma oportunidade para adotar ações e medidas que protejam e reconheçam os direitos das viúvas, há muito tempo ignorados. Em muitos países, as viúvas são discriminadas e perdem direito a heranças ou propriedades. Muitas são expulsas de suas próprias casas ou sofrem abusos físicos e algumas são assassinadas por parentes. Os governos mundiais devem agir no cumprimento de suas obrigações para garantir os direitos dessas mulheres como estabelecido pelas leis internacionais, como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Mulheres Comentário do Blog: Vivemos entre uma abun

Lya Luft: Os oitenta

Imagem:  Lya hoje.  Félix Zucco / Agencia RBS Comentário do Blog: Duas escritoras brasileiras estão presentes no Viva a Velhice: Adélia Prado e Lya Luft. Em 15 de setembro de 2018 Lya Luft completou 80 anos e a Gaucha Zero Hora nos presenteou com uma rápida biografia da escritora que pode ser lido em  gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/.  Hoje, o conteúdo desta postagem é o artigo escrito por ocasião dos seus 80 anos. Então, Lya Luft para o nosso deleite: Tempos atrás, crianças da casa falavam entre si, com orgulho, de quantos anos fariam em dois anos, ou três: 15, 19. Comentei com a maior naturalidade que em três anos eu faria 80. Silêncio meio penoso, depois: “Pô, vó, 80 é pesado!”. Ri muito: a ideia não tinha me ocorrido, acho que a passagem do tempo é apenas natural, ser criança, jovem, maduro, velho – apesar dos preconceitos, que dependem muito mais do sentimento que se tem. Eu, confesso, acho esse número no mínimo engraçado. “O que tem de graça em fazer 80 anos?”, me pergun

Uma oportunidade está sempre à nossa espera.

Schatzi, uma mulher feliz. Schatzi tem cabelos grisalhos e é uma avó, mas ela pode fazer 700 km de bicicleta, estudar para conhecer outra área de trabalho e mudar de profissão. Comentário do Blog: Velhice não é doença. Todos somos cidadãos e cidadãs de direitos e deveres. Assim como é dever do estado oferecer serviços de saúde, educação, saneamento básico, condições de mobilidade, acessibilidade e afins é nosso dever aprender a envelhecer. O aprendizado tem início na infância e  deve ter continuidade por toda a vida. Sempre que nos mantivermos de olhos abertos e participantes de atividades sociais vamos identificar e descobrir novas oportunidades. vejamos um exemplo. Nesta palestra, Schatzi nos conta como deixou de só apenas respirar  para começar a viver outras experiências e desafios depois dos 50 anos e compartilha as chaves para fazer uma mudança em nossas vidas diárias. Diz-nos que uma oportunidade está sempre à nossa espera. Ela é María Magdalena Bachmann. Nascida e criada em B

Um pouco mais de amor, por favor

"Preciso me desapegar de certos livros perigosos, que me ensinaram aterrorizantes lições de liberdade, de revolução e disponibilidade, de respeito e amor pelo outro" Por   Déa Januzzi  em 01/10/2018  Não tenho talismã nem bola de cristal, afinal, o mundo digital não permite essas quinquilharias. Mas peço: não internem meus sonhos num hospital psiquiátrico. Não aprisionem os meus desejos, quero os meus pesadelos livres, sem censura, sem cortes, sem sangue, sem tortura. Deixem que eles venham na inconsciência da noite, na realidade do dia seguinte. Não convulsionem a minha vida. Não chamem a polícia para prender o meu jeito de ser, deixem que eu fuja para bem longe, de preferência sem malas. Não me privem da minha capacidade de indignação. Por favor, sem camisa de força, sem choque elétrico, sem ditadores, sem soluções prontas, por favor, não entorpeçam os meus sentidos. Não deem choque na minha poesia. Chamem a censura, antes que eu fale demais, antes que eu quebre tudo em vol

Dalí e Gala, que o amor possa ser velho

E se a velhice é uma construção de afetos, os velhos amores também precisam ser construídos. Dalí amou Gala. Amaram-se segundo suas próprias regras. Amaram-se até o final da vida um amor capaz de ultrapassar a existência. Mesmo sem saber para onde, meus passos eram firmes e as pegadas eram cravadas no chão ao som dos sinos que cantarolavam com emoção a minha existência. Foi uma bonita época vivida em uma das cidades mais encantadoras que já conheci. Ithaca fica ao Norte do Estado de Nova York e a Universidade de Cornell assemelha-se a um verdadeiro sonho. Foi lá que, em meio a bosques e cachoeiras comecei a construir o amor que desejo para a velhice. Da janela avista-se uma  igrejinha cujo badalar dos sinos causa comoção, já que memórias afetivas remetem a um tempo onde as torres do campus de uma universidade “dim dom lavam” diretamente nos corações. Naquela época, tudo era mágico e o amor verdadeiro passava a ser construído em minha vida. A juventude pulsava inquieta e as incertezas e

Envelhecer com propósito, nosso dever

Foto:  Olga Quiroga, presidente do Grupo de Articulação para a Moradia do Idoso na Capital (Garmic) Envelhecer com propósito retarda limitações físicas e declínio cognitivo Sociedades se beneficiam da longevidade quando enxergam idosos como capital humano experiente, dizem especialistas Todas as manhãs, Olga Quiroga, de 80 anos, se levanta às 5 horas para sair do Jardim São Savério, na região sudeste de São Paulo, e ir ao Largo São Francisco, no centro. Quando chega ao edifício, cumprimenta o porteiro que gira a manivela do antigo elevador para levá-la ao quarto andar. É ali, na sala número oito, que funciona o pequeno escritório da pedagoga aposentada. Dezenas de pastas e folhas de papel almaço escritas à mão tentam catalogar os cerca de 600 idosos que esperam por uma vaga em residências compartilhadas. Há três décadas, desde que deixou o mercado de trabalho, Olga se dedica ao movimento por moradias. A chilena radicada no Brasil não sabe, mas segue à risca orientações de estudos recen