Não sei exatamente quando essa afinidade com os mais velhos começou, talvez lá na infância, quando circular pelas rodas dos adultos nas reuniões familiares, observar atentamente aquele universo tão diverso da velhice e ouvir suas histórias me parecia mais interessante que as brincadeiras das crianças. Uma imagem não sai da cabeça quando penso em velhice: um casal para lá de sexagenário montando cada um a sua prancha de windsurf e se preparando para atravessar o canal de São Sebastião rumo à Ilhabela. Eles faziam isso todo santo dia de mar e ventos favoráveis. Essa cena me acompanha desde os 18 anos e se fixou no meu imaginário como uma meta de vida: chegar à velhice sendo capaz até de… windsurfar, se eu assim quiser. Naqueles tempos, e lá se vão – pausa para fazer contas – 37 anos, mal se via gente correndo pelas ruas. A atividade física ainda não entrava nas rotinas e agendas pessoais como se vê hoje em dia; o discurso, comprovado pela ciência, de que a prática regular de exercícios