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O que não tem remédio (será que terá?) Parte 2

O longo caminho - Continuação da Parte 1 A Interfarma nos informou que o setor farmacêutico é um dos que mais investe em pesquisa e desenvolvimento no mundo. “Para que um medicamento chegue aos pacientes, cerca de US$ 1 bilhão precisa ser dedicado aos estudos clínicos, no decorrer de 10 anos. Com o avanço dos medicamentos biológicos, essa média pode até dobrar”. No entanto, isso é questionado por muitos autores. Em seu livro, Angell afirma que a parte mais demorada  e arriscada – o estudo das doenças e moléculas e o desenvolvimento dos fármacos propriamente dito – é em geral feita com recursos públicos, por universidades e centros de pesquisa. “No Brasil acontece da mesma forma”, concorda Bonfim. Dirceu Greco também faz ponderações. De acordo com ele, as empresas colocam, sob a mesma rubrica, pesquisa e desenvolvimento, ensaios clínicos e de terminadas ações de marketing. “Então ninguém sabe o quanto é usado exatamente em cada área”, diz. Em relação a isso, Angell chega a afirmar que a