Foto: Olga Quiroga, presidente do Grupo de Articulação para a Moradia do Idoso na Capital (Garmic) Envelhecer com propósito retarda limitações físicas e declínio cognitivo Sociedades se beneficiam da longevidade quando enxergam idosos como capital humano experiente, dizem especialistas Todas as manhãs, Olga Quiroga, de 80 anos, se levanta às 5 horas para sair do Jardim São Savério, na região sudeste de São Paulo, e ir ao Largo São Francisco, no centro. Quando chega ao edifício, cumprimenta o porteiro que gira a manivela do antigo elevador para levá-la ao quarto andar. É ali, na sala número oito, que funciona o pequeno escritório da pedagoga aposentada. Dezenas de pastas e folhas de papel almaço escritas à mão tentam catalogar os cerca de 600 idosos que esperam por uma vaga em residências compartilhadas. Há três décadas, desde que deixou o mercado de trabalho, Olga se dedica ao movimento por moradias. A chilena radicada no Brasil não sabe, mas segue à risca orientações de estudos recen