Amamos os mais velhos e esperamos envelhecer, então por que esse interesse pessoal não se traduz em políticas públicas? Em instituições para cuidados a idosos é possível vê-los sentados em salas de cor neutra em frente a uma TV – que, na maioria das vezes, não é assistida. Uns estão dormindo, outros sedados e alguns cognitivamente debilitados. É difícil lembrar que eles já foram jovens, autônomos e independentes. Mas difícil mesmo é pensar que um dia você poderá estar no lugar deles. “A equipe de cuidadores não os chama pelos nomes”, diz um visitante de uma destas instituições. Talvez não seja por desrespeito, mas privar alguém de um nome é apenas um exemplo da desumanização inconsciente que ocorre frequentemente no tratamento aos idosos. Algumas pessoas tomam medidas extremas para evitar este cenário: ingressam na Exit International (organização sem fins lucrativos que defende a legalização da eutanásia voluntária e do suicídio assistido) ou se permitem terminar com suas vidas no mo