A produtora de teatro, que ajudou a trazer para a Espanha as vanguardas do palco, mas também os anticoncepcionais e o debate feminista nos anos 70, estreia uma nova peça aos 85 Por: LUZ SÁNCHEZ-MELLADO Madri - 27 DE FEVEREIRO DE 2021 - 20:30 A í está, resplandecente e muito próxima, não tem perda. Cabelos muito brancos, lábios muito vermelhos, suéter claro, calça escura e um três quartos preto e branco que comprou "há séculos, à venda em Murcia", como confessa quando louvo o seu gosto, com aquela cumplicidade imediata que é estabelecido entre meninas que amam os trapos. Encontramo-nos no teatro Fernán Gómez de Madrid, onde estreia o "penúltimo" espetáculo da sua vida, quando podia estar com os netos e bisnetos. Desde que nasceu, nove meses antes da Guerra Civil, filha de um engenheiro basco e uma iluminada burguesia catalã - "Eu era uma boa menina que passava fome de sobra", explica ela ¨— De Yzaguirre sempre foi "contra a maré , "mova-se em