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Maturana: sem cooperação e alteridade, não há futuro

  Biólogo chileno, falecido ontem (04/05/21), influenciou as ciências sociais com seus estudos sobre os seres vivos. Crítico das lógicas neoliberais, constatou, pela  teoria da autopoiese : humanidade pode reconstruir o mundo, mas evolução só vem a partir do Cuidado. “ A aceitação do outro junto a nós na convivência, é o fundamento biológico do fenômeno social.  Sem amor, sem aceitação do outro junto a nós, não há socialização, e sem esta não há humanidade.”  Humberto Maturana A Ciência, além dos frequentes ataques que vem sofrendo nas últimas décadas, em decorrência de fenômenos como revisionismo histórico, negacionismo e outras distorções cognitivas que alimentam as regressões do sombrio tempo atual, perdeu, em 6/5/2021, um dos seus maiores expoentes, o neurobiólogo chileno Humberto Maturana, que tinha 92 anos. Resgato aqui algumas ideias que escrevi em setembro de 2020, num texto intitulado  A biopolítica do desacoplamento ,  acerca da genialidade e do espírito humanístico desse not