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Mostrando postagens com o rótulo Finitude

Cuidados paliativos

Apenas 14% das pessoas no mundo podem acessar os cuidados paliativos de alto nível que lhes permitem morrer com dignidade, segundo novo estudo Novas pesquisas da Universidade de Glasgow destacam o lento crescimento dos serviços de cuidados paliativos em todo o mundo Os resultados mostram que mais da metade da população mundial, principalmente em países de baixa e média renda, tem acesso muito pobre ou inexistente a cuidados paliativos para aliviar o sofrimento no final da vida. Apenas 30 dos 198 países estudados têm níveis sofisticados de prestação de cuidados paliativos totalmente integrados ao sistema de saúde e assistência social, cobrindo apenas 14% da população global. Mais da metade da população mundial vive em países onde a prestação de cuidados paliativos é irregular, inadequada para a necessidade existente ou mesmo completamente ausente. Os resultados do estudo mostram que a população mundial permanece dividida quase igualmente: nos cuidados paliativos 'tem' e 'não

“Meus começos e meu fim”

Em Meus Começos e meu fim, Nirlando diz: “Sou velho, mas não sou o velho que eu, desde muito cedo, sonhava ser. O velho de aposentadoria, no sossego da leitura infindável, com o conhaque no antebraço da poltrona, mal arranha a caricatura do velho que virei…” As pessoas, ao morrer, vivenciam um estrépito de luzes – é o que dizem os espiritualistas. Eu, ali, frente a uma revelação de trevas, como que ingressava na penumbra fosca de um corredor sem saída.” Em 2016, aos 68 anos, Nirlando Beirão, recebeu o diagnóstico de que estava com ELA – Esclerose Lateral Amiotrófica. Jornalista e escritor, Nirlando foi personagem importante da última fase de ouro do jornalismo brasileiro. Trabalhou nos mais importantes veículos da grande imprensa, desde que estreou no jornal  A Ùltima Hora  em 1967. Conviveu com os icônicos jornalistas das décadas de 60 a 2010. Foi correspondente estrangeiro em Nova York, fez cobertura de rebeliões e revoluções, entrevistou importantes figuras da política e da cultura,

Quem falará por mim na terminalidade?

O direito de decidir até o fim da vida Um sopro de energia e renovação. Esta é a sensação ao ouvir Maria Aglaé Tedesco, juíza de Direito Titular da 15ª Vara de Família no Rio de Janeiro e doutora em bioética, ética aplicada e saúde coletiva. Instigante é que a juíza fala sobre a morte e sobre a importância de poder decidir até o fim:   “ Enquanto somos protagonistas das nossas vidas, isso não parece importante, mas, e na velhice, quando às vezes não é possível manifestar a própria vontade? Quem falará por mim na terminalidade? Tem que haver mecanismos que obriguem as pessoas a cumprir essas vontades que foram expressas anteriormente. O Estatuto do Idoso ainda é desconhecido e pouco utilizado. Se não ouço o que o idoso quer para sua vida quando podia manifestar-se, estou cometendo uma violência contra ele”, afirma.   A juíza Maria Aglaé dá o exemplo de um pai, doente terminal, que expressa seu desejo de não ser ressuscitado ou de que a equipe médica lance mão de qualquer ação para reani