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Mostrando postagens com o rótulo Ética

Dilema ético, os idosos e a metáfora da guerra

Parte da sociedade é tratada como inútil e improdutiva A  metáfora da guerra  tem sido utilizada para espelhar a luta que está sendo travada contra a   Covid-19 . Essa analogia é moralmente preocupante. Na situação de guerra, o desafio é curar os soldados e mandá-los de volta para a batalha. Numa epidemia é muito diferente. Precisamos salvar a vida dos civis preservando valores e sensibilidades da sociedade humana. As democracias enaltecem os princípios de igualdade e solidariedade. Sabemos que os determinantes da saúde são sociais e que é próprio dos Estados modernos procurarem reduzir desigualdades que marcam a vida social. Por essa razão há um mal-estar em dizer, com todas as letras, que o jovem tem prioridade em relação ao  idoso  em caso de colapso do sistema de saúde. Na Itália e na Espanha, diante desse  dilema médico , associações de classe optaram abertamente pelo critério da idade cronológica. Deram prioridade àqueles que teriam “recuperação mais rápida” ou “maior expectativa

O que não tem remédio (será que terá?) Parte 2

O longo caminho - Continuação da Parte 1 A Interfarma nos informou que o setor farmacêutico é um dos que mais investe em pesquisa e desenvolvimento no mundo. “Para que um medicamento chegue aos pacientes, cerca de US$ 1 bilhão precisa ser dedicado aos estudos clínicos, no decorrer de 10 anos. Com o avanço dos medicamentos biológicos, essa média pode até dobrar”. No entanto, isso é questionado por muitos autores. Em seu livro, Angell afirma que a parte mais demorada  e arriscada – o estudo das doenças e moléculas e o desenvolvimento dos fármacos propriamente dito – é em geral feita com recursos públicos, por universidades e centros de pesquisa. “No Brasil acontece da mesma forma”, concorda Bonfim. Dirceu Greco também faz ponderações. De acordo com ele, as empresas colocam, sob a mesma rubrica, pesquisa e desenvolvimento, ensaios clínicos e de terminadas ações de marketing. “Então ninguém sabe o quanto é usado exatamente em cada área”, diz. Em relação a isso, Angell chega a afirmar que a

A Medicalização da Vida como estratégia de biopolítica

A RESENHA que sugere e conduz a leitura. Ana Maria Canesqui 2 Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas. Caponi, S; Valença, MFV; Verdi, M; Assmann, SJ. organizadores, A Medicalização da Vida como estratégia de biopolítica. São Paulo: Editora LeberArs, 2013. A coletânea interessa aos cientistas sociais, profissionais de saúde, alunos, pesquisadores em geral e ao público leigo, que nela encontrarão questões éticas, sociais e políticas da biopolítica sobre a medicalização da vida, um processo em expansão. A medicalização da vida desperta reflexões das ciências sociais e humanas, sob múltiplos olhares. Alguns focam os efeitos e os impactos dos saberes, técnicas e intervenções da medicina sobre a normalização das vidas e das sociedades, sem se restringirem aos impactos negativos apenas, à medida que incidem sobre as condições de saúde individuais e coletivas. Na coletânea resenhada, a biopolítica, a ética e a medicalização da vida for

O que importa para você? ouvir as pessoas é fundamental

DO QUE SE  TRATA ? é fundamental saber ouvir as pessoas A campanha  O que importa para você?  é uma ação que tem o propósito de estimular conversas mais significativas entre profissionais de saúde e pacientes, criando um elo de compaixão e empatia entre eles. É atender de forma humanizada e aprimorar o cuidado de saúde e assistência social, com base no que realmente importa para o paciente. Fundamental é que o profissional  Pergunte o que importa  Ouça o que importa  Faça o que importa Comentário do Blog:   " Lourdes Bermejo es Doctora en Ciencias de la Educación y Gerontóloga. En sus más de 20 años de experiencia, su vocación le ha llevado a trabajar por y para los mayores." É uma ferrenha divulgadora do Modelo de Atención Integral Centrada en la Persona (AICP) na Espanha e fora dela. Os princípios do AICIP fundamenta-se no respeito, na humanização, na escuta e nos direitos criando, de certa forma uma identidade com o O que importa para você. É um conforto perceber que o mov

Fiocruz celebra Setembro Amarelo

Fiocruz celebra Setembro Amarelo com série de matérias sobre prevenção ao suicídio Com o objetivo de disseminar a informação para quebrar tabus e debater o tema, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz, lançou durante o mês de setembro/2016, uma série de matérias sobre prevenção ao suicídio, celebrando o “Setembro Amarelo”. A série “Não há lirismo no suicídio” apresenta números, infográficos, vídeos, entrevistas e depoimentos sobre a questão do suicídio enfocando os números do Brasil, a prevenção, o suicídio entre jovens e entre idosos, e os sobreviventes de um suicídio (familiares, amigos, colegas de trabalho e etc.). A Agência Fiocruz de Notícias também dedicou ao tema um hotsite especial, intitulado “Suicídio” Comentário do Blog:   Precisam os conversar sobre essa realidade .  Na série "Não há lirismo no suicídio" a pesquisa realizada pela Fiocruz mostro fatos preocupantes dos quais destaco dois: "A face do suicí