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Sobre o envelhecer - na perspectiva da construção de uma velhice cidadã.

Considerando que o processo de envelhecimento é comum a todos os seres vivos e que VELHICE NÃO É DOENÇA, sugiro leitura de artigos que tem a ver com todas as idades e para todas as idades. 

Sinto no ar  e na terra que continuamos sem incluir o processo do envelhecimento  no processo educativo e, também, não é parte deste processo.. Enquanto isto não ocorrer a velhice continuará sendo tratada como um peso para a sociedade, bem como com  todos os preconceitos existentes para a situação.

As soluções vigentes são de cunho comercial  e seletivas  (como exemplo: o uso do celular). As soluções e caminhos excluem a velhice pobre  de bens materiais, culturais e muito mais.

Destaco um parágrafo da publicação da última PNAD contínua/IBGE

"A nova edição atualiza a série histórica com os dados de 2022. O levantamento registra declínio do analfabetismo no país desde o início do levantamento em 2016, quando 6,7% da população não sabiam ler e escrever. A nova taxa de 5,6% reflete a queda em todas as faixas etárias. No entanto, entre os idosos, a proporção de analfabetos é mais significativa. Na população com 60 anos ou mais, 16% não sabiam ler e escrever em 2022. "Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças", revela o levantamento.'

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2023-06/ibge-revela-desigualdade-no-acesso-educacao-e-queda-no-analfabetismo

Quebrando as normas escrevo com destaque:

É URGENTÌSSIMO QUE ENTENDAMOS QUE TODAS AS IFORMAÇÔES SÃO ELEMENTO DE e DA CONSTRUÇÂO EDUCACIONAL NA FORMAÇÃO DESDE OS PRIMEIROS PASSOS NO  no LAR e NA ESCOLA. Precisamos juntar escola e família para falar/aprender/educar sobre o processo de envelhecimento. Independente da e de classe social. Acredito que o trabalho precisa ocorrer com formato oficina. Onde o conhecimento e o aprendizado ocorreria simultâneamente para as três categorias: professores, pais  e filhos/alunos.

Caso contrário, o velho sempre estará a margem da sociedade. Isto serve para todas as classes sociais. É interessante perceber que os estudos sobre a velhice não nos dizem como envelhecem a população de alta renda. Seria interessante um paralelo. Só assim poderíamos ver o quanto do caminho precisamos percorrer para melhorar. 

Os links, de sugestão de leitura, tem a ver sim com a exclusão dos seres humanos, independente de etnia, raça, cor, direitos e deveres.

http://jornalismojunior.com.br/pobreza-e-economia-digital-avanco-das-tecnologias/

https://www.socioambiental.org/noticias-socioambientais/levamos-523-anos-para-chegar-ate-aqui

https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/longevidade-nao-sera-igual-para-ricos-e-pobres/

Acredito na possibilidade e na construção de uma VELHICE CIDADÃ e precisa ser URGENTE.




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