EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO ATINGE MEIO MILHÃO DE JOVENS POR ANO E PERPETUA DESIGUALDADE, ALERTA ESTUDO DO PNUD E FIRJAN SESI
Fonte: https://www.undp.org/pt/brazil/news/evasao-escolar-no-ensino-medio-atinge-meio-milhao-de-jovens-por-ano-e-perpetua-desigualdade-alerta-estudo-do-pnud-e-firjan-sesi em 18/04/2023
A evasão escolar amplifica desigualdades sociais e impacta brutalmente a economia brasileira. É o que indica a pesquisa "Combate à evasão no Ensino Médio: desafios e oportunidades”, da Firjan SESI, em parceria com o PNUD. O estudo traça um amplo painel de dados e mostra que meio milhão de jovens acima de 16 anos abandonam a escola a cada ano. O problema é mais grave quanto mais vulnerável for a população: só 46% da camada social 1/5 mais pobre conclui o Ensino Básico.
Para contribuir para o enfrentamento da evasão no Ensino Médio, a Firjan SESI firmou parceria estratégica com o PNUD. Graças a essa parceria, foi possível reunir quase 100 experiências nacionais e internacionais para que sirvam de referência e inspiração a gestoras e gestores públicos. "O estudo é a primeira etapa de uma parceria mais ampla, que prevê ainda a realização de discussões e a elaboração de cadernos temáticos sobre o tema", observou Katyna Argueta, representante residente do PNUD no Brasil.
"Essa iniciativa busca endereçar os impactos negativos que a pandemia de Covid-19 provocou nos sistemas educacionais nacionais e ameaçam provocar um déficit de aprendizagem que pode afetar mais de uma geração de estudantes, impedindo os avanços no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, que busca educação de qualidade para todos", prosseguiu Argueta.
“Atrair e reter mais alunos no Ensino Médio é urgente. O Brasil está em grande desvantagem em relação a outros países. Temos que avançar, não andar para trás. É uma tragédia que tantos jovens não terminem os estudos: a evasão escolar é uma âncora que prende esses jovens em um ambiente de pobreza, os impede de se inserir de forma produtiva no novo mundo do trabalho e afunda o Brasil", afirma Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
De forma geral, 6 em cada 10 brasileiros concluem o Ensino Médio até os 24 anos. Se essa taxa se igualasse à do Chile (93,4%), o custo evitado para o país seria de R$ 135 bilhões por ano, segundo cálculos inéditos com base em metodologia desenvolvida pelo economista Ricardo Paes de Barros.
Distorção idade-série, baixo aprendizado, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras e, como consequência, um baixo engajamento dos alunos com os estudos. Esses são alguns dos principais obstáculos a serem vencidos na luta contra a evasão de jovens do Ensino Médio brasileiro, caracterizado pela baixa qualidade do ensino e elevadas taxas de reprovação e evasão.
“Identificamos iniciativas que podem contribuir de maneira decisiva para o combate à evasão, como apoio financeiro para pagamento de bolsas para manter ou atrair de volta à escola alunos de baixa renda; ambientes de aprendizagem inovadores e acolhedores que mantenham os jovens motivados; apoio à gestão escolar e valorização dos professores; projetos de ajuda à transição para o mundo do trabalho que conjugam estudo com o início de uma experiência profissional; apoio psicológico e à aprendizagem, entre outros”, pontuou a assessora e coordenadora técnica do estudo pela Firjan SESI, professora Andrea Marinho.
Boas práticas - Entre os casos de sucesso, há o ‘Becoming a Man’, de Chicago (EUA), que proveu os estudantes de áreas mais pobres com apoio psicológico para evitar a tomada de decisões precipitadas que os colocassem em risco. O resultado reduziu as prisões entre 28 e 35% e aumentou a taxa de conclusão do Ensino Médio em 19%. No Rio de Janeiro, entre 2011 e 2016, o ‘Renda Melhor Jovem’ remunerava os alunos em R$ 700 ao término do 1º ano do Ensino Médio. O valor aumentava a cada ano a mais concluído. O índice de evasão foi reduzido em 33% entre o público-alvo de baixa renda.
Para contribuir para o enfrentamento da evasão no Ensino Médio, a Firjan SESI firmou parceria estratégica com o PNUD. Graças a essa parceria, foi possível reunir quase 100 experiências nacionais e internacionais para que sirvam de referência e inspiração a gestoras e gestores públicos. "O estudo é a primeira etapa de uma parceria mais ampla, que prevê ainda a realização de discussões e a elaboração de cadernos temáticos sobre o tema", observou Katyna Argueta, representante residente do PNUD no Brasil.
"Essa iniciativa busca endereçar os impactos negativos que a pandemia de Covid-19 provocou nos sistemas educacionais nacionais e ameaçam provocar um déficit de aprendizagem que pode afetar mais de uma geração de estudantes, impedindo os avanços no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4, que busca educação de qualidade para todos", prosseguiu Argueta.
“Atrair e reter mais alunos no Ensino Médio é urgente. O Brasil está em grande desvantagem em relação a outros países. Temos que avançar, não andar para trás. É uma tragédia que tantos jovens não terminem os estudos: a evasão escolar é uma âncora que prende esses jovens em um ambiente de pobreza, os impede de se inserir de forma produtiva no novo mundo do trabalho e afunda o Brasil", afirma Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.
De forma geral, 6 em cada 10 brasileiros concluem o Ensino Médio até os 24 anos. Se essa taxa se igualasse à do Chile (93,4%), o custo evitado para o país seria de R$ 135 bilhões por ano, segundo cálculos inéditos com base em metodologia desenvolvida pelo economista Ricardo Paes de Barros.
Distorção idade-série, baixo aprendizado, desigualdade social e econômica, falta de orientação sobre carreiras e, como consequência, um baixo engajamento dos alunos com os estudos. Esses são alguns dos principais obstáculos a serem vencidos na luta contra a evasão de jovens do Ensino Médio brasileiro, caracterizado pela baixa qualidade do ensino e elevadas taxas de reprovação e evasão.
“Identificamos iniciativas que podem contribuir de maneira decisiva para o combate à evasão, como apoio financeiro para pagamento de bolsas para manter ou atrair de volta à escola alunos de baixa renda; ambientes de aprendizagem inovadores e acolhedores que mantenham os jovens motivados; apoio à gestão escolar e valorização dos professores; projetos de ajuda à transição para o mundo do trabalho que conjugam estudo com o início de uma experiência profissional; apoio psicológico e à aprendizagem, entre outros”, pontuou a assessora e coordenadora técnica do estudo pela Firjan SESI, professora Andrea Marinho.
Boas práticas - Entre os casos de sucesso, há o ‘Becoming a Man’, de Chicago (EUA), que proveu os estudantes de áreas mais pobres com apoio psicológico para evitar a tomada de decisões precipitadas que os colocassem em risco. O resultado reduziu as prisões entre 28 e 35% e aumentou a taxa de conclusão do Ensino Médio em 19%. No Rio de Janeiro, entre 2011 e 2016, o ‘Renda Melhor Jovem’ remunerava os alunos em R$ 700 ao término do 1º ano do Ensino Médio. O valor aumentava a cada ano a mais concluído. O índice de evasão foi reduzido em 33% entre o público-alvo de baixa renda.
Segue o link para o PDF interativo do estudo. https://www.undp.org/pt/brazil/publications/combate-evasao-no-ensino-medio
Comentário do Blog: O discurso tradicional sobre envelhecimento é construído na visão mercadológica do imediato. Não pensamos em processo de envelhecimento muito menos em educação para o aprender a envelhecer. Será que a "mão invisível do mercado" tem alguma coisa a ver com essa demanda? Vejamos a manchete: "Procura por curso de psicologia nas faculdades explode no Brasil." um exemplo, apenas.
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