'Sou idosa e as pessoas não queriam me ouvir', relata doutoranda de 70 anos. Por: Stefhanie Piovezan SÃO PAULO O que move Sônia Maria Pereira, 70, a procurar novos cursos é a vontade de aprender e de estar com o outro. Foi graças a esse propulsor que ela concluiu três graduações, quatro especializações e o mestrado. Também é o que ela busca no doutorado que está em curso, mas a troca de experiências e a formação de vínculos já não ocorrem como antes. "Eu sempre fui muito comunicativa e muito 'pequeninha', com cara de mais nova, então mesmo quando fiz a última graduação, aos 40 anos, a idade não foi um problema. Eu não senti essa diferença até chegar ao doutorado", diz. A professora conta que iniciou o doutorado na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), mas decidiu buscar outra instituição porque o horário das atividades coincidia com as aulas que ministrava. A mudança foi um choque. "Eu tinha muita vontade de contar minha experiência,