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Mostrando postagens de fevereiro, 2023

Cecília Minayo recebe prêmio da Academia Mundial de Ciências

  A editora chefe da revista Ciência e Saúde Coletiva, Cecília Minayo, recebeu o prêmio internacional da Academia Mundial de Ciências (TWAS Awards 2024). A premiação em Ciências Sociais é fruto da contribuição aos estudos sobre a violência e os seus impactos na saúde, além da aplicação de abordagens qualitativas em saúde pública.  Os prêmios TWAS são concedidos em nove áreas: Ciências Agrícolas, Biologia, Química, Terra, Astronomia e Ciências Espaciais, Ciências da Engenharia, Matemática, Ciências Médicas, Física e Ciências Sociais. Dentre os treze vencedores, Cecília é a única brasileira. Para ela, essa vitória não é apenas pessoal, refletindo um esforço coletivo e árduo. “Nossas conquistas mostram o trabalho conjunto dos envolvidos. Esta premiação só é possível porque estão comigo todos os pesquisadores do CLAVES, colaboradores técnicos e editores da revista Ciência & Saúde Coletiva. Atuamos em conjunto para que tenhamos uma saúde coletiva com mais significados, aspirações, valor

Política Nacional de Cuidados é investimento em infraestrutura

Gasto público não é assistencialismo: gera receita e movimenta a economia Por:  Guita Grin Debert  Antropóloga, é professora emérita da Unicamp e pesquisadora da Fapesp e do CNPq; autora de “A Reinvenção da Velhice” (Edusp) e  Jorge Félix  Doutor em sociologia (PUC-SP), é professor da pós-graduação em gerontologia da USP e pesquisador da Fapesp; autor de “Economia da Longevidade” (ed. 106 Ideias) Em  discurso anual à nação , o presidente dos Estados Unidos,  Joe Biden , dedicou um grande trecho ao tema do cuidado. Seu esforço foi convencer os parlamentares republicanos a ampliarem os recursos nos programas de saúde, sobretudo o Medicare, que atende principalmente  idosos , e cuidados de crianças, pessoas com deficiência, trabalhadores doentes e veteranos de guerra. Foi um discurso contra o preconceito típico que a visão fiscalista da  economia  costuma ter sobre os gastos sociais. Com o acelerado envelhecimento da população do Brasil e o debate sobre uma  Política Nacional de Cuidados 

Os 100 anos da Previdência e o envelhecimento populacional no Brasil

A população em idade ativa aumentou o percentual até aproximadamente 2020 e terá redução no restante do século. Os idosos vão superar os jovens em 2030 e serão 4 em cada 10 brasileiros em 2100 O Brasil comemorou os  100 anos da Previdência  no dia 24 de janeiro. O marco principal da Previdência Social brasileira é a Lei Eloy Chaves de 1923, com o Decreto Legislativo 4.682/1923, de 24/01, que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP), inicialmente voltadas apenas às empresas de estradas de ferro. A  Lei Eloy Chaves  não foi uma dádiva vinda do Congresso, mas o resultado de muita luta dos trabalhadores ferroviários que eram a categoria mais mobilizada e mais forte da República Velha. Após essa conquista, outras categorias conseguiram criar as suas próprias CAPs, como os portuários e os trabalhadores da navegação marítima e aviação. No governo Getúlio Vargas, na década de 1930, foram criados os  Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs)  que passaram a cobrir as categoria