Comentário do Blog: Quando Elza Soares completou 85 anos, postei um artigo sob o título: Elza Soares e o poder da Intergeracionalidade. Aos 90 anos Elza Soares e o poder da Intergeracionalidade 2.
Hoje, reproduzo dois momentos de Elza:
Primeiro - A publicação de Hildegard Angel @hilde_angel: Texto para Elza por Chico Buarque de Holanda
“Se acaso você chegass a um bairro residencial de Roma e desse com uma pelada de meninos brasileiros no meio da rua, não teria dúvida: ali morava Elza Soares com Garrincha, mais penca de filhos e afilhados trazidos do Rio em 1969. Aplaudida de pé no Teatro Sistina, dias mais tarde Elza alugou apt. na cidade e foi ficando, ficando e ficando.
Se acaso vc chegasse ao Teatro Record em 68 e fosse apresentado
a Elza, ficaria mudo. E ficaria besta quando ela soltasse gargalhada e
cantasse: “Elza desatinou, viu”.
Se acaso você chegasse a Londres em 1999 e visse Elza Soares entrar no Royal Albert Hall no palco em cadeira de rodas, não acreditaia que ela pudesse subir ao lugar. Subiu e sambou “de maillot apertadíssimo e semi-transparente”, nas palavras de um jornalista português.
Se acaso você chegasse ao
Canecão em 2002 e visse Elza Soares cantar que a carne mais barata do mercado é
a carne negra, ficaria arrepiado. Tanto quanto anos antes, ao ouví-la em
Língua com Caetano.
Se acaso você chegasse a uma estação de metrô em Paris e ouvisse alguém às suas costas cantar Elza desatinou, pensando que estava sonhando. Mas era Elza Soares nos anos 80, apresentando seu jovem gerente e os novos olhos cor de esmeralda.
Se acaso você chegasse a 1959 e ouvisse no rádio aquela voz cantando Se acaso você chegasse, saberia que nunca houve nem existirá no mundo uma mulher como Elza Soares”.
Segundo - A história da música popular brasileira é marcada e escrita por mulheres conhecidas por sua genialidade e talento – entre elas, Elza Soares. Para celebrar a vida de uma das maiores intérpretes nacionais, a TV Cultura exibiu o show Jazz & Divas – Uma Homenagem a Elza Soares, que compõe a faixa Jazz Sinfônica Brasil.
Comandada por Vera Fisher, a noite de homenagens contou com a presença da convidada principal, consagrada em 1999 pela Rádio BBC de Londres como a cantora do milênio. Realizado em dezembro de 2017, o concerto marcou a reinauguração do Auditório Simón Bolívar, do Memorial da América Latina, que foi fechado após o incêndio ocorrido em 2013. No show, a orquestra Jazz Sinfônica Brasil acompanha grandes nomes da música nacional, como Baby do Brasil, Sandra de Sá, Paula Lima, Rosana, Vânia Bastos, Liniker e As Bahias e a Cozinha Mineira.
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