Comentário do Blog: Penso e falo com frequência sobre a ausência do exercício da cidadania na população que envelhece. Também vejo, nas redes sociais, por exemplo, que a indicação de texto ou sugestão de leitura com o indicatico "cidadania" raramente recebem um "curtir". Sinal dos tempos, que continua marcando uma sociedade que considera velhos e velhice ocupando um espaço que não mais lhes cabe. Entretanto, sempre é tempo de aprender e mudar,
Continuamos a observar entre alguns profissionais, ligados à questão do envelhecimento, contradições ao indicar a sua suposta abordagem gerontológica, ao considerar na prática o que consideram ser uma questão dos idosos e que só devem ir em busca de melhorias, quando todos sabemos que o envelhecimento se consolida a partir dos 30 anos e, portanto, somos muitas gerações nessa questão do envelhecimento.
As organizações de idosos devem antes de tudo ser representativas, e
isso não significa que o sejam, apenas porque seus líderes são conhecidos, mas
sim que devem conter um número de membros, bem estabelecidos e verificados, e
que sua liderança os conduz de alguma forma. a metas ambiciosas e não apenas
"ser bem tratado no hospital" ou algum outro direito muito básico.
Na realização de políticas públicas, deve-se consultar não só os idosos, mas
também aqueles que estão em processo de envelhecimento, aqueles que estão na
fila da velhice, desta forma focamos no processo de envelhecimento, sem
contradizer o tema do cuidado centrado na pessoa e assim sermos mais
preventivos.
A liderança deve ser renovada, a ideia é atualizar, a gerontologia
evolui, o mundo muda diante dos nossos olhos e continuamos do mesmo jeito, sem
visão gerontológica e por isso os discursos se repetem, e persistem os vícios
assistencialistas e legalistas, falam de projetos e promessas que a população
desconhece, porque não é promovida, porque continuamos com o canto do silêncio
e a manipulação da informação para transformar quem não é herói em herói.
Eles ainda têm medo da luz do público, quem sabe por que, promover
implica divulgar, não esconder, por isso é irônico, que falem em promover quem
gosta de trabalhar na sombra, o idoso deveria liderar a própria agenda,
correto, mas seria melhor com uma aliança intergeracional, fortalecer a
prevenção contra a vulnerabilidade, que pode ser evitada.
As próximas gerações de idosos devem ser mais saudáveis, menos
vulneráveis, e devemos pensar nisso e não cair no imediatismo, falar apenas de
conjunturas, trabalhar pelo futuro do envelhecimento é a grande tarefa, mas se
nos concentrarmos apenas no Os actuais seniores não são bem orientados, as
próximas gerações terão outras expectativas, necessidades, gostos, estamos
preparados? Claro que não.
Luigui Vidal, 25-01-2020, La visión gerontológica.
Comentários
Postar um comentário