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Mostrando postagens de março, 2021

"Plantar horta na cidade é fazer micropolítica"

Líder indígena  e  ativista ambiental  que percorre o  Brasil  trabalhando pela  preservação dos povos da floresta  (e das florestas do povo),  Aílton Krenak  esteve no  Rio  para, como ele diz, "fazer alianças" com coletivos de plantio urbano. Fundador da  União das Nações Indígenas e da Aliança dos Povos da Floresta , o ambientalista nascido no território dos   krenaks  (botocudos), na região do  Médio Rio Doce , em  Minas Gerais , vê nesse interesse em comum pela enxada uma chance de unir o campo e a cidade. Convidado para o evento  PlanteRio , na  Fundição Progresso , na  Lapa ,  Krenak  deixa claro, nesta entrevista à seção "Conte algo que não sei", que, para ele, plantar uma  horta na cidade  é um ato de  micropolítica . A entrevista é de  William Helal Filho , publicada por  O Globo , 06-12-2018. Eis a entrevista. Conte algo que não sei. Em diferentes lugares, tem gente lutando para este planeta ter uma chance, por meio da  agroecologia , da  permacul

S de Saúde mental

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade. A atenção em saúde mental é oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), através de  financiamento  tripartite e de ações municipalizadas e organizadas por níveis de complexidade. A  Rede de Cuidados em Saúde Mental, Crack, Álcool e outras Drogas  foi pactuada em julho de 2011, como parte das discussões de implantação do Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, e prevê, a partir da Política Nacional de Saúde Mental, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), os Serviços Residenciais Terapêuticos, os Centros de Convivência e Cultura, as Unidades de Acolhimento e os leitos de atenção integral em Hospitais Gerais.  Além de atender pessoas com transtornos mentais, estes espaços acolhem usuários de álcool, crack e outras drogas e estão espalhados pelo país, modific

Você tem correio? escreva cartas

  Um entusiasmado grupo de escritores de cartas, incluindo o National Wellbeing Manager, James, está escrevendo um novo capítulo de nosso serviço de apoio à amizade. Como tantos outros serviços, nosso apoio à amizade para os idosos teve de se ajustar durante a pandemia.  As visitas face a face mudaram rapidamente para ligações telefônicas, e agora as ligações estão sendo complementadas com cartas. Um voluntário da Independent Age, de Lancashire, teve a ideia de pedir a seus colegas que escrevessem cartas para pessoas mais velhas que estivessem particularmente solitárias ou que pudessem se beneficiar em receber uma carta além de seu telefonema regular. Para aqueles com deficiência auditiva, por exemplo, uma carta semanal significa que eles se sentem incluídos em nossos serviços de amizade.  Também lemos cartas para algumas pessoas mais velhas que são deficientes visuais, expandindo assim o serviço de amizade para eles. O projeto de redação de cartas começou para valer em maio de 2020, i

Incb lança Relatório Anual de 2020 e alerta para uma epidemia oculta entre idosos

Relatório revela aumento de uso de narcóticos entre idosos e pessoas com transtornos Documento destaca epidemia oculta entre pessoas na terceira idade e avalia efeitos da Covid 19 na falta de acesso a medicamentos e serviços para pessoas com saúde mental e transtornos por uso de substâncias; mercado de drogas ilícitas também foi analisado. Em um momento de aumento da demanda por medicamentos devido à pandemia Covid-19, o Conselho Internacional de Controle de Entorpecentes (Incb) lança seu Relatório Anual de 2020. Mobilidade  - A entidade enfatiza que as pessoas com saúde mental e transtornos por uso de substâncias têm sido particularmente afetadas pela Covid 19. Restrições de mobilidade e isolamento social têm imposto maior estresse em pessoas com problemas de saúde mental e uso de substâncias e, às vezes, agravamento de transtornos. O presidente do Incb, Cornelis de Joncheere, disse nesse momento em que os recursos já estão sendo esticados, as pessoas afetadas por transtornos por uso

Sua saúde é minha saúde: como a saúde de todos está interligada

Comentário do Blog: A mais recente revista The Lancet traz um artigo de Gwenetta Curry, que faz uma análise do livro, ainda não traduzido para o português, cujo título fornece elementos para uma análise da saúde do brasileiro imerso no caos da desigualdade: sem alimentação, sem moradia, sem saneamento básico e sem educação. As normas da Revista indicam que preciso pagar para a instituição responsável pela administração dos direitos dos autores. Portanto, não o publico. Reproduzo um curto comentário publicado na Amazon. No Youtube, encontramos várias Lives com os autores, indicando que o tema é atrativo. A seguir um vídeo com uma das entrevistas com os autores (em inglês). Mas a boa notícia está na possibilidade de ler o livro. Veja ao final. A Covid-19 mostrou como a sociedade, nossa economia e a vida cotidiana são vulneráveis ​​às doenças, mas, apesar disso, ainda não valorizamos o papel fundamental da boa saúde. Nosso sistema de saúde agora é um serviço de saúde com pouca resiliência

Equidade em Saúde Global no contexto da pandemia

 Sir Michael Marmot: “Se a saúde parou de melhorar, significa que a sociedade parou de melhorar” “As crises globais financeiras recentes tiveram sim um efeito no desenvolvimento humano, mas a pandemia vai causar muito mais danos. Todos os choques externos – como furacões, ou crises econômicas, ou pandemias – amplificam a desigualdade”, afirmou Sir Michael Marmot, diretor do Institute for Health Equity da University College London (IHE/UCL) e membro do Sustainable Health Equity Movement, durante evento da Ágora Abrasco, nesta semana (10/9). “As iniquidades na saúde nos dizem muito sobre as iniquidades na sociedade: se a saúde parou de melhorar, significa que a sociedade parou de melhorar”, pontuou Marmot. O especialista em determinantes sociais, pesquisador reconhecido mundialmente, participou do painel  Equidade em Saúde Global no contexto da pandemia . A moderação foi de Paulo Buss, coordenador do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cris/Fiocruz), e os

Estamos conectados digitalmente, mas não estamos felizes

 “Estamos conectados digitalmente, pero sin ninguna experiencia comunitaria que nos haga felices” Cansancio, depresión, videonarcisismo: los efectos de la pandemia según Byung-Chul Han El destacado filósofo surcoreano analizó en un ensayo los efectos del coronavirus en nuestro tiempo. Para él, la pandemia ha venido a agudizar males endémicos de las sociedades neoliberales, como el cansancio, la excesiva preocupación por la imagen y la depresión. Es quizás uno de los pensadores más destacados de nuestros tiempos. Nos referimos, por cierto, al surcoreano Byung-Chul Han (1959). Sus postulados adquieren una relevancia capital a la luz de lo que ocurre en estos días, en que la pandemia del coronavirus ha alcanzado y superado todos los récords en nuestro país. Para el filósofo asiático, lo que hay que entender es que el virus hace que resalten con más fuerza los males de la sociedad existentes antes de la pandemia. En ese sentido, en un breve ensayo que publicó este domingo en el diari

O que é Saúde - Sala de convidados - Fiocruz

Sala de Convidados – O que é Saúde: Esta edição do Sala de Convidados viaja no tempo atrás da gênese do que chamamos saúde. Remonta ao século VI a.C. na Grécia antiga, em que as doenças eram vistas como punição dos Deuses até o momento em que Hipócrates, considerado por muitos o “pai da medicina”, defende que o corpo humano é formado por quatro substâncias, as quais deu o nome de “humores”, que devem estar em pleno equilíbrio para que o corpo e o espírito não adoeçam.  O programa conta com a participação remota da pesquisadora de Políticas Públicas do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), Helyn Thami; da conselheira nacional de saúde, representante dos usuários pela UNEGRO, Conceição Silva; e da médica sanitarista, presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Lúcia Souto. Programa exibido em 31 de dezembro de 2020 Apresentadora: Yasmine Saboya  O Sala de Convidados é um programa idealizado para a participa

Um país onde a saúde não esteja doente

  4º Congresso Brasileiro de Política ,  Planejamento e Gestão  da  Saúde  – 2021 A conjuntura pede “radicalidade” e união de forças sociais para “refundar” o SUS, defende a diretora da Anistia Internacional Brasil Jurema Werneck na conferência de abertura do 4º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão da Abrasco “Eu preciso encontrar um país onde a saúde não esteja doente”. O verso, tirado da música “País do Sonho” de Elza Soares, deu o tom da fala de Jurema Werneck, diretora da Anistia Internacional Brasil, que fez a conferência de abertura do 4º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão da Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) nesta terça-feira (23), sob o tema ‘Desigualdades e pandemia: que democracia é necessária para um projeto efetivamente includente?’. “Eu pensei em trazer dados de morbidade, mortalidade desse momento da pandemia, desagregados por raça/cor, por etnia, por sexo, por idade, e etc. Mas eu estou diante daqueles e da

LUTO

 

Conversando sobre Idadismo - o caminho

  Iniciando uma conversa sobre preconceito de idade Visão geral NOTA do Blog:    o guia está em espanhol o texto aqui publicado tem tradução livre Este guia foi elaborado para ajudar todos a iniciar uma conversa sobre preconceito de idade - seja em casa, no trabalho, na sala de aula ou no espaço de formulação de políticas.  O preconceito de idade está presente na maneira como pensamos, sentimos e agimos em relação aos outros e a nós mesmos de acordo com a idade, quer tenhamos consciência disso ou não.  Está em toda parte, em nossas instituições, relacionamentos e em nós mesmos.  O preconceito de idade nos prejudica individual e coletivamente, afetando nossa saúde e bem-estar e custando bilhões de dólares à sociedade.  Felizmente, o preconceito de idade pode ser combatido, mas é necessária uma ação coletiva para aumentar a conscientização e resolver esse problema. O diálogo é uma maneira poderosa de nos envolvermos nas coisas que são importantes para nós.  Conversas abertas e contínuas