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Setembro amarelo e a angústia masculina

 


Desconhecimento, falta de informação, vergonha e até mesmo por questões culturais o homem pode ser levado a não expressar os seus sentimentos para se mostrar sempre forte. Em nossa sociedade, o homem calado que não demonstra sua sensibilidade é muitas vezes considerado viril. Estamos acostumados a ouvir: homem não chora. Isso pode dificultar muitas vezes o autocuidado e o entendimento de que a saúde mental é importante e precisa de atenção.

Medo, angústia e ansiedade são sensações que muitas vezes podem levar ao sofrimento na falta de espaço para o desabafo. A falta de abertura, a relutância em se expor, torna a situação dos homens ainda mais difícil e os fazem buscar alternativas que aumentam suas angústias e geram mais sofrimento e desespero.

As circunstâncias da atualidade para o homem parecem trazer uma carga emocional maior. Ideias como não prover a família em caso de desemprego, a necessidade de dependência e até a comparação podem provocar sofrimento. Até mesmo na descoberta de doenças graves o homem costuma agir muito mal, ele perde muito tempo guardando a informação e se privando do apoio de familiares e amigos. Esconder os sentimentos não faz bem a ninguém.

Uma consequência muito comum é a impotência sexual de origem emocional. Entre outros fatores, ela está aliada ao estresse, à ansiedade e à baixa autoestima. Como o homem usualmente atribui a sua virilidade à potência sexual, poderá estar ainda mais angustiado com a nova situação.

A busca por ajuda geralmente acontece quando o problema já tomou proporções muito grandes e acabou gerando outros, numa verdadeira bola de neve. Os homens raramente conseguem falar de seus problemas com a facilidade que as mulheres têm em falar de temas tabus. Independentemente do gênero, quando uma pessoa está passando por uma condição de angústia é o momento de buscar ajuda.

Comunicação CVV




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