Convido a todos os meus leitores matemáticos, professores, executivos, mães e pais, médicos, e outros profissionais a iniciarem o esboço de sua equação. Sem ela não existe Projeto de Vida, e sem projeto nosso tempo de existência passa sem significado
Em 1879, ano em que nasceu a expectativa de vida média do alemão era de 46 anos, Einstein morreu aos 76.
Porque inicio este artigo com uma minibiografia daquele cujo nome virou “sinônimo” de gênio?
Por vezes, chego a pensar que precisaríamos de um “Einstein” para montarmos esta equação na qual todos os fatores que nos circundam estivessem contemplados, cada qual com seu peso ponderado.
Precisamos lembrar que a aposentadoria não foi criada para ser a nossa única fonte de renda nesta fase. Ela tem o conceito de benefício (cujo significado está relacionado à proveito, ajuda, vantagem); e se assim entendido, deve complementar o orçamento quando se obtém o direito a usufruí-lo.
A questão financeira é essencial para vivermos mais, porém o dinheiro está longe de ser o único componente com o qual devemos nos preocupar. A família, amigos, saúde mental, relacionamentos, prazer, propósito são todos de crucial importância.
Mas qual seria esta equação que colocaria peso em cada uma destas variáveis, para que pudéssemos contemplá-las em nosso projeto de vida?
Os pesos mudam, escrevemos nossa equação à medida que amadurecemos, e a ajustamos ao longo da vida.
Isto só reforça a importância da necessidade de um Projeto de Vida, que contemple nossa Reinvenção. Teremos que nos reinventar, pensar fora da caixa, criar novas formas de trabalho, de prazer, aceitar novos desenhos de família, de moradia, de relacionamentos.
A Longevidade desafia e desafiará cada vez mais nossa criatividade. A vida mais longa nos ensinará esse exercício, num futuro breve a criatividade não será mais um atributo do jovem, será do velho que se Reinventa e Resignifica todos os dias.
O envelhecimento ainda hoje nos pega de surpresa, porque continuamos distraídos imaginando que discutir, criticar ou aceitar a reforma da previdência é nossa única lição de casa.
Somos todos matemáticos de nossas vidas, administramos nossos números diariamente: quantas horas dormimos, quantas ficamos acordados, quanto dinheiro gastamos, quando ganhamos, quantas calorias ingerimos, quantas gastamos, enfim… mesmo sem perceber os números nos rodeiam.
No livro “The 100-year life, Living and working in na Age of Longevity” escrito por Lynda Gratton e Andrew Scott, professores da London Business Scholl, fica muito explicita a necessidade que temos da busca de significado para esta vida de 100 anos.
O trabalho entra não só no contexto formal, mas também como instrumento dentro desta busca.
Os autores reforçam que a Longevidade trará uma nova realidade, e com isso viveremos várias transformações, entre elas:
- Existirão novas carreiras e novas habilidades;
- A vida terá mais estágios – o modelo de vida dividida em 3 estágios: juventude, meia idade e velhice, não irá mais funcionar;
- Mais relações intergeracionais em nossa vida pessoal e profissional;
- Mais transições serão a norma: antes tínhamos duas transições centrais – da educação para o trabalho e do trabalho para a aposentadoria;
- Ser mais flexível, adquirir mais conhecimento, explorar novas formas de pensar, ver o mundo e os acontecimentos sob diferentes perspectivas, fazer novas relações e deixar velhos preconceitos;
- Recriação será mais importante do que Recreação; Classificações etárias terminarão.
- A idade deixará de ser determinante para o seu estágio de vida;
[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein Por Denise Mazzaferro,
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