Especialista alerta para a importância de cuidar dos hábitos alimentares e evitar complicações do diabetes.
Um importante e urgente alerta: é indispensável conversar com o nutricionista, que poderá orientar o planejamento alimentar com a contagem dos carboidratos e com o médico que irá prescrever o tipo e dosagem de insulina adequada, quando necessária.
O diabetes mellitus, também chamado de diabetes, é um grupo de distúrbios metabólicos. Esses distúrbios são caracterizados por hiperglicemia, resultantes de efeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambas. Segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mais de 16 milhões de brasileiros sofrem com diabetes. Aqui no Brasil a doença é responsável por 72 mil mortes, aproximadamente.
O agravante da doença se deve, principalmente, ao estilo de vida que as pessoas levam hoje, que geram mais estresse e alimentação repleta de alimentos industrializados. Por isso, conscientizar-se sobre hábitos alimentares é muito importante para quem tem a doença.
Patrícia Cruz, nutricionista comportamental com ênfase em tratamento de diabetes mellitus, alerta para a epidemia de diabetes.” – adverte a especialista. Por isso, a necessidade do conhecimento da doença e como a alimentação influência nesse processo.
Segundo Patrícia Cruz, os tipos mais conhecidos são o diabetes mellitus tipo 1 e do tipo 2. No primeiro caso, ocorre uma completa deficiência na produção de insulina pelo pâncreas. Já no diabetes mellitus tipo 2, há um defeito na secreção ou ação da insulina.
Além desses dois tipos, há o diabetes gestacional que ocorre durante a gestação e outros tipos específicos, conforme a classificação pela OMS. Há ainda o pré-diabetes, que se caracteriza pela glicemia de jejum alterada e a tolerância à glicose diminuída, isto é, fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes mellitus.
A obesidade é fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Portanto, uma alimentação equilibrada somada a prática de atividade física podem prevenir o surgimento da doença, pois, nesse caso, uma dieta rica em gordura e açúcares leva à obesidade, que é fator de risco para o diabete. Quando se trata do diabetes tipo 1, que é uma doença auto-imune de causa genética, a alimentação vai evitar apenas as complicações da doença.
Infelizmente não há cura para o diabetes. Por isso, a especialista reforça a importância do cuidado com o habito alimentar. ” – explica Patrícia.
Não há alimentos que previnem a doença, mas existem alimentos que a controlam. Os portadores de diabetes devem excluir o açúcar e incluir carboidratos complexos, ricos em fibras,alerta a especialista.
Por isso, dietas ricas em fibras (verduras, legumes, frutas, arroz integral, granola, leguminosas); carboidratos simples (batata, pães brancos, macarrão branco);adequada em proteínas (carne vermelha, queijos, leite, frango, peixe) e lipídios (queijos amarelos, óleos, manteiga) auxiliam nas taxas de açúcar, com os hipoglicimiantes orais e/ou insulina.
No caso das crianças, segundo Patrícia, o indicado é a terapia de contagem de carboidratos, que é recomendada. Essa é uma ferramenta segura e que permite fazer o controle das taxas glicêmicas de forma eficiente.
in EcoDebate, 19/08/2016 Imagem: amelhoragua.com.br
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