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Del buen vivir, las recetas y el tiempo

Dicen que cuando uno escribe un libro, este, con el tiempo, cobra vida propia.

Por Diego Bernardini*  em 18 de agosto de 2016

En ese devenir se incluyen las reacciones, las preguntas o las solicitudes de los propios lectores y también de los medios que se hicieron eco. Una de las sorpresas que siguió a la divulgación de mi primer libro, De vuelta. Diálogos con personas que vivieron mucho (y lo cuentan bien), fue la búsqueda de la "receta" para un buen vivir. Algo así como la receta para envejecer bien.

Sabemos que a una pregunta simple no tiene por qué corresponderle una respuesta simple. En este caso, no solamente la respuesta puede al mismo tiempo ser compleja o simple, sino que el sentido común cobra relevancia.

¿Qué es lo que hago hoy en día y me gustaría seguir haciendo de mayor durante el resto de mi vida? Esta pregunta podría ser buen punto de partida en la búsqueda de respuestas.

La mayoría de nosotros vivimos inmersos en una sociedad, nos manejamos normalmente con independencia en nuestras funciones de la vida diaria, como vestirnos, asearnos y preparar nuestra propia comida en el hogar. También lo normal es que vivamos de alguna ocupación, empleo o profesión, y que acudamos a controles periódicos de salud con nuestro médico de cabecera.

Entonces, ¿por qué no prolongar esa forma de vida a lo largo del propio transcurrir? Con esas premisas, comparto estos cinco puntos que podrían ser una respuesta posible.

  • Estar “conectado” y ser protagonista de la comunidad es fundamental.

Pensar en la necesidad de un aprendizaje continuo a lo largo de la vida nos permitirá adaptarnos y actualizarnos sobre los nuevos papeles, las necesidades y las capacidades que la vida moderna impone. Será, al mismo tiempo, una forma de alejar el momento de la jubilación o el retiro formal, como medida administrativa que mayoritariamente se vive como una crisis personal y social.

Un estudio del Departamento de Psicología de la Universidad Brigham Young (Estados Unidos) demostró que el aislamiento social real y subjetivo se asocia con un aumento del riesgo de mortalidad temprana.

La soledad, el aislamiento social y el hecho de vivir solo suponen un promedio de 29%, 26% y 32% de mayor probabilidad de mortalidad, respectivamente. No hay diferencia entre el aislamiento social objetivo y subjetivo, es decir, basta con sentirse solo.

  • Ser funcionalmente autónomo

Cuando los investigadores les preguntamos a las personas mayores en qué momento se han sentido “viejos”, la respuesta es unánime. No poder valerse por uno mismo, especialmente en las actividades de la vida diaria, suele ser la respuesta.

Un programa de actividad física regular, que combine resistencia cardiovascular, flexibilidad y equilibrio, junto a fuerza muscular, nos ayuda a mantenernos funcionalmente independientes.

En nuestro país, casi la mitad de los mayores de 75 años realiza actividad física regularmente.
  • Vivir en el propio hogar

Es el deseo de la mayoría de las personas mayores. Para ello no sólo se debe pensar en algún momento cómo ir adaptándolo a nuestras necesidades. Recordar que el baño y la cocina son los lugares donde se producen la mayoría de los accidentes es importante.

Tener una buena condición de salud suele ser el mayor determinante para permanecer en la propia casa. En Argentina, casi el 10% de los mayores de 60 años presenta alguna dependencia para actividades de la vida diaria.

  • Una buena condición de salud es fundamental

Para vivir activo e independiente. La consulta con el propio médico de cabecera o de familia y un examen periódico de salud suelen ser un gran apoyo.

La autopercepción de salud: un indicador altamente confiable de nuestra perspectiva de vida. En Argentina, el 34% de los mayores de 60 años percibe su salud como regular (34%) o mala (6,7%).
  • La independencia económica,
Que implica una labor remunerada, es el gran desafío. De allí la necesidad propia del aprendizaje continuo:

¡Nunca es tarde para comenzar algo nuevo!

El envejecimiento de la fuerza de trabajo es un desafío y una preocupación global frente a una vida laboral más prolongada y flexible, lo que ha vuelto un recurso valioso a las personas mayores.

Por ello, una redefinición del mercado laboral y económico bajo una perspectiva amiga del adulto mayor se vislumbra próxima.

Como médicos sabemos que las recetas universales no existen. Tampoco es prudente ni serio siquiera considerarlas. Pensar en estos cinco considerandos básicos puede que haga la diferencia, al menos estadísticamente. Especialmente para aquellos que piensan vivir muchos años más, lo que, por estadística, nos incluye a todos, tengamos la edad que tengamos.

Fonte: www.infobae.com/opinion/

El autor es médico de familia (UBA) y doctor en Medicina por la Universidad de Salamanca (España). Autor de "De vuelta. Diálogos con quienes vivieron mucho (y lo cuentan bien)" (Aguilar, 2015) y La Segunda Mitad.






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