"Com o envelhecimento, fui aprendendo o valor do tempo. Escolhi ser uma atleta de coração jovem em vez de uma velhinha problemática. Acredito de verdade que nunca é tarde para alcançar uma boa saúde"
Comentário do Blog: Pretendia postar alguma coisa que nos falasse da importância de aprender a envelhecer. Mas, surgiu na minha memória o livro "Por que Olga não envelhece?" e a opção foi por sugerir sua leitura. O livro termina com uma pergunta: Eu posso ser igual a Olga? A resposta é um categórico Não. Mas o animador é que podemos nos tornar um pouco mais iguais a Olga. Olga Kotelko - 2 de março de 1919 – 24 de junho de 2014.
Olga Kotelko filha de imigrantes ucranianos radicados no Canadá. Na infância, trabalhou na lavoura e depois virou professora. Após uma desilusão amorosa no casamento, resolveu dar uma guinada: divorciada, mudou-se com as duas filhas para Vancouver, cidade que respira esportes. Apesar de tardiamente, ela descobriu o atletismo aos 77 anos e foi recomendada por muitos médicos a procurar outras atividades mais leves, como caminhada ou hidroginástica. Mas Olga resolveu se arriscar na nova descoberta:
- Havia um clube de atletismo para veteranos no meu bairro, eu olhava e pensava: "Nossa, isso é muito difícil". Não era para alguém da minha idade. Então um dia fui assisti-los em uma competição e vi uma mulher jogando algo da altura do pescoço, era um arremesso de peso. Pensei: "Se ela consegue, também consigo". Foi assim que comecei - contou.
Recordes, medalhas e espanto geral: Daí para frente, Olga não parou mais. Aos 79 anos, participou da sua primeira competição e não tomou conhecimento das outras atletas - da mesma faixa etária. No arremesso de dardo, jogou o objeto 10 metros mais longe que as concorrentes. As adversárias pareciam não entender e ficaram curiosas, fazendo perguntas, como ela mesma conta: "Como você é tão forte? O que você comeu? Quem é seu treinador?".
No currículo, mais de 20 recordes mundiais em diversas modalidades do atletismo: arremesso de peso, disco, dardo, martelo e corridas de curta distância, como 100m e 200m. Quebras de marcas e muitas medalhas, uma supremacia assustadora em um esporte que cada milésimo vale muito. Por exemplo, o tempo de Olga nos 200m (56s46) é quase 15 segundos menor que o da segunda colocada (1m09s09).
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