A dança pode contribuir para a qualidade de vida e para um melhor envelhecer de adultos e idosos.
Muitas pessoas idosas se questionam se dançar é algo que vale a pena, já que sentem que perderam toda possibilidade de expressão e movimento no cotidiano. Muitos perguntam: Na minha idade, será que eu posso? Será que eu vou conseguir? Muitos não sabem que a dança é capaz de produzir mudanças e que a única coisa que o profissional faz é estimular as potencialidades que todas as pessoas têm.
Uma marca da sociedade contemporânea é a dificuldade em lidar com o envelhecimento; na maioria das vezes, a discriminação e o preconceito fazem com que os idosos não se permitam vivenciar sua velhice de forma plena, expressiva e prazerosa.
Os idosos, em geral, demonstram ter vergonha de seu corpo e timidez para colocá-lo em movimento; muitos chegam à dança após um longo caminho de esquecimento e desencontros com seu próprio corpo, com uma história de sedentarismo, com posturas que os distanciam cada vez mais da flexibilidade natural, com tensões psíquicas, preconceitos e medos enormes de se mostrar.
A maioria se questiona se dançar é algo que vale a pena, já que sentem que perderam toda possibilidade de expressão e movimento no cotidiano. Muitos perguntam: Na minha idade, será que eu posso? Será que eu vou conseguir?
Pesquisas envolvendo dança e idosos (Patrocinio, 2010; Leal e Haas, 2006; D’Alencar, 2006; Ueno et. al., 2012) comprovam as contribuições desta atividade para a saúde física e mental dos sujeitos, principalmente no que se refere aos ganhos ligados à força, ritmo, agilidade, equilíbrio e flexibilidade.
Já nas pinturas das cavernas pré-históricas a dança era mostrada em atos comemorativos como celebração de vitórias. Na ocasião, observava-se que a dança mexia o corpo a partir de uma cadência de movimentos e ritmos, independente do som. Mais tarde verificou-se que o ritmo provoca uma descarga emocional. Nesse sentido, essa descarga acaba regulando e medindo as forças vitais do organismo.
Tavares (2005, p. 93) assinala que “Existem indícios de que o homem dança desde os tempos mais remotos. Todos os povos, em todas as épocas e lugares dançaram. Dançaram para expressar revolta ou amor, reverenciar ou afastar deuses, mostrar força ou arrependimento, rezar, conquistar, distrair, enfim, viver!.”
Leal e Haas (2006), identificam seis funções importantes na dança. São elas: autoexpressão, comunicação, diversão e prazer, espiritualidade, identificação cultural, ruptura e revitalização da sociedade. Segundo esses autores, a dança tem ainda um caráter sociabilizador e motivador.
Portanto, a dança é capaz de produzir mudanças nas pessoas.
A única coisa que o profissional faz é estimular as potencialidades que todas as pessoas possuem. Através do movimento, a dança possibilita a pessoa a se conhecer melhor, a entrar em contato com partes profundas de si mesma, com sentimentos muitas vezes difíceis de serem expressos verbalmente, e a explorar novas formas de ser e de sentir. Desta forma inicia-se, na etapa da velhice, uma modificação do ser de forma fluida, que passa a se escutar sem julgamentos.
A dança pode, assim, contribuir para a qualidade de vida e para um melhor envelhecer de adultos e idosos.
[youtube]https://youtu.be/NGorjBVag0I[/youtube]
Autora: Wanda Patrocinio – Pedagoga, Mestre em Gerontologia, Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas; bailarina e diretora da GeroVida – Arte, Educação e Vida Plena.
Fonte: Membro da rede de Colaboradores do Portal do Envelhecimento.
tenho acompanhado todos os trabalhos da dr wanda patrocinio os quais me deixam muito feliz, gostaria de conhecer mais de perto.como fazer uma visita?
ResponderExcluirMaria Yêda, seja bem vinda!
ResponderExcluirDesculpa-me, deixei de por o contato. Mas pesquisei para você e encontrei estes:
www.gerovida.com.br
http://gerovida.blog.br/
gerovida@gerovida.com.br
(19) 3385.0316 Campinas
Apareça sempre. Um abraço.