"Mesmo se eu morrer, não quero ninguém chorando, quero muito batuque, muito barulho, porque, se vocês fizerem silêncio, vou pensar que vocês estão dormindo e vou fazer como em casa, com minha esposa. Quando ela está dormindo, faço barulho para ela acordar. É a cigarra" Naná Vasconcelos
Com um vida ativa dedicada a arte e a cultura Naná Vasconcelos, agora é mais uma estrela que brilha no céu.
Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau.
"Naná Vasconcelos nos ensinou a ouvir o Brasil. Nos trouxe de volta um país profundo, refugiado em nossas memórias de infância. Toda a sua obra como artista está impregnada de referências que são parte essencial do nosso modo de ser e de sentir. Sua música é a música da voz, do corpo e dos inúmeros instrumentos que dominou com tanta perfeição." — Juca Ferreira, ministro da Cultura quando da morte de Naná, sobre seu legado.
Legado
“O principal legado que ele deixou foi o de ser um grande valorizador da cultura negra, da percussão brasileira, da dança e de todas as influências afro-brasileiras.” | — Pantico Rocha, músico cearense. |
Segundo o site uol, "sua importância internacional (ao lado de Airto Moreira) foi ter bagunçado o coreto do jazz tradicional, que admitia até aquele momento apenas a percussão afro-cubana - que chegara aos Estados Unidos por intermédio de Dizzy Gillespie e outros exploradores."
Além de dominar uma grande variedade de instrumentos de percussão, Naná Vasconcelos contribuiu para a divulgação internacional do berimbau . O jornalista Ben-Hur Demeneck, assim descreveu o legado de Naná :
"Naná Vasconcelos conseguiu fazer do berimbau um instrumento solista, tanto em grupos de jazz quanto em orquestras eruditas. A sua trajetória musical pode encher páginas com as ocorrências nominais de suas conquistas globais. No entanto, para comentar sua musicalidade, nenhuma delas compete com a perturbadora capacidade de arrancar o público de sua realidade mais imediata e de atarantar os críticos com sua variedade de timbres. (...) Além de sua carreira individual de compositor e instrumentista, Naná Vasconcelos é admirado por suas parcerias, trilhas sonoras de cinema, produção musical, liderança em eventos musicais e em projetos sociais. Um artista incansável, uma combinação afinada entre ética e estética." | — Ben-Hur Demeneck, jornalista e doutorando em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). |
[youtube]https://youtu.be/dFbd3GLVikU[/youtube]
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Nan%C3%A1_Vasconcelos
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