Alberlei Schlögl e Altair Macedo Lahud Loureiro da Universidade Católica de Brasília
Brasília, DF, Brasil analisaram a MPB e o imaginário do envelhecer contido nas letras das músicas. Nas considerações finais, dizem o seguinte:
"As
músicas marcam o tempo e os tempos, marcam a nossa história.
O artista, por
meio da intuição poética, descreve os sentimentos mais recônditos da alma
individual e coletiva.
Descreve em poucos versos os desejos mais íntimos e com
a música penetra na sociedade, e deixa a sociedade penetrar nela;
infiltrando-se no indivíduo, que nela se projeta, se encontra, se perde, e com
ela constrói sua história, deixando ver o seu imaginário.
Mostra que podemos ser
heróicos, que podemos, misticamente nos recolher aos braços mornos do nosso
lar, que podemos, dramaticamente, em síntese, convidar a vida para dançar com a
morte, que podemos transformar a morte em semente da imortalidade,
eufemizando-a, ou ainda, que podemos nos perder.
Mas a poesia musicada traz,
também, em si mesma, a força da vida. Força esta que impregnando o ser,
transforma cada instante vivido em gozo, em amor, tem a força de reestruturar a
vida.
O idoso carrega em sua memória musical um grande repertório, uma grande
poesia que muitas vezes precisa apenas ser revivida, resgatada como amor, que é
a própria vida.
A poesia musicada tem a força horizontal da história vivida,
mas também, é o vetor vertical do amor, que como farol pode orientar aqueles
que em um dado momento perderam-se a si mesmo.
O importante na vida é o amor.
Com todos os perigos que contém. Mas isso não é o suficiente. Se o mal que
sofremos e fazemos sofrer reside na incompreensão do outro, na
autojustificação, na mentira a si próprio (self-deception) então o caminho da
ética – e é aí que introduzirei a sabedoria – reside no esforço da compreensão
e não na condenação, no autoexame que comporta a autocrítica e que se esforça
em reconhecer a mentira para si próprio (Morin, 2008, p. 67)".
Das músicas que foram objeto da análise retirei esta:
O artigo completo está neste endereço: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/viewFile/9982/8516
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