Por: Flávio Cure* Ouça o seu conselho: prevenir é o melhor remédio.
Os
apreciadores do tradicional cafezinho iniciam o ano com boas notícias.
Diferentes trabalhos recém-publicados mostram benefícios da bebida. Um deles no Cleveland Clinic
Journal of Medicine associa
o maior consumo total de café a menores riscos de mortalidade. Outro, no mesmo espaço,
afirma que café com cafeína ou descafeinado ou a própria cafeína não são
fatores de risco para hipertensão arterial em mulheres na pós-menopausa. E
ainda um publicado no “American Journal of
Epidemiology”, constatou que a ingestão de quatro a cinco xícaras de
café por dia pode reduzir o risco de morte precoce, mesmo para aqueles que
bebem o descafeinado.
Este trabalho indicou que menor incidência de mortes devido
a doenças cardiovasculares, neurológicas e por suicídio entre os consumidores
de café, assim como não obteve nenhuma associação significativa entre o seu
consumo e a mortalidade por câncer. O líder da equipe que fez este estudo, o
Dr. Erikka Loftfield, do Instituto Nacional do Câncer, em Rockville, Maryland
lembrou que o café contém numerosos compostos biologicamente ativos, entre eles
ácidos fenólicos, potássio e cafeína.
Estudos anteriores realizados pelos pesquisadores do
Instituto já tinham constatado que o consumo diário de quatro xícaras de café
poderia diminuir o risco de melanoma em 20%. Os pesquisadores indicam que
a ingestão do equivalente a 400 mg de cafeína (cinco xícaras), não estava
associado a quaisquer riscos para a saúde, a longo prazo. Para mulheres
grávidas, de acordo com uma declaração do Colégio Americano de Obstetras e
Ginecologistas, o consumo seguro fica na casa de até 200 miligramas por dia.
Este trabalho analisou os hábitos de consumo de café e a
saúde de 90.317 adultos que não tinham câncer ou antecedentes de doença
cardiovascular. Ao longo dos dez anos de acompanhamento ocorreram 8.718 mortes.
O estudo da Cleveland Clinic sobre os efeitos da cafeína
nas mulheres na pós-menopausa, analisou dados de 29,985 mulheres que não
estavam hipertensas no início do estudo. O trabalho constatou que a ingestão da
substância não foi associada com pressão arterial média sistólica ou
diastólica. Segundo os pesquisadores houve associação com uma diminuição do
risco de diabetes tipo 2, doença de Parkinson, e câncer de próstata fatal.
Segundo a outra pesquisa, em comparação com os
não-bebedores, o consumo de café de 1 a 5 xícaras / dia foi associado a menor
risco de mortalidade. Além disso, foi possível observar relações inversas
significativas entre o consumo de café e mortes devido à doença cardiovascular,
doença neurológica, e suicídio. Foram analisadas mais de quatro milhões de
pessoas/anos. Quando a análise foi restrita aos não fumantes, houve uma
associação linear entre o consumo de café e diminuição da mortalidade.
Ou seja, a julgar por estes estudos, o cafezinho nosso de
cada dia faz muito bem à saúde.
Vai um cafezinho aí?
*Cardiologista e clínico
geral.
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