A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o resumo do Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde.
Capa: A pintura na capa do Relatório é de Rose Wiley ‘PV Windows and Floorboards’. Aos 81 anos de idade, o estilo de Rose Wiley é revigorante, imprevisível e inovador. Essa pintura recebeu o Prémio Prêmio de Pintura John Moores em 2014 de mais de 2.500 entradas. Com o dobro da idade dos vencedores anteriores, Rose Wiley demonstra que a idade avançada não precisa ser uma barreira para o sucesso. O Prémio Prêmio de Pintura John Moores, diferente de outros Prémios prêmios de arte prestigiados, não restringe participação de obras contemporâneas por idade. O artista detém os direitos autorais desta pintura. O artista detém os direitos autorais desta pintura
“O Relatório mundial de envelhecimento e saúde delineia um quadro de ação para promover o Envelhecimento Saudável construído em torno do novo conceito de capacidade funcional. Isso exigirá uma transformação dos sistemas de saúde, longe dos modelos curativos baseados em doença e para a prestação de cuidados integrais e centrados em pessoas maiores.”
Em uma época de desafos imprevisíveis para a saúde, sejam devidos à mudanças climáticas, às doenças infecciosas emergentes ou a próxima bacté- ria a desenvolver resistência aos medicamentos, uma tendência é certa: o envelhecimento das populações está se acelerando rapidamente em todo o mundo.
Pela primeira vez na história, a maioria das pessoas pode esperar viver além dos 60 anos. As consequências disso para a saúde, para os sistemas de saúde, seus orçamentos e para os trabalhadores de saúde serão profundas. O Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde responde a esses desafos ao recomendar mudanças igualmente profundas na maneira de formular políticas em saúde e prestar serviços de saúde às populações que estão envelhecendo.
O relatório baseia suas recomendações na análise das mais recentes evidências a respeito do processo de envelhecimento, e observa que muitas percepções e suposições comuns sobre as pessoas mais velhas são baseadas em estereótipos ultrapassados. Como mostra a evidência, a perda das abilidades comumente associada ao envelhecimento na verdade está apenas vagamente relacionada com a idade cronológica das pessoas. Não existe um idoso “típico”. A diversidade das capacidades e necessidades de saúde dos adultos maiores não é aleatória, e sim advinda de eventos que ocorrem ao longo de todo o curso da vida e frequentemente são modifcáveis, ressaltando a importância do enfoque de ciclo de vida para se entender o processo de envelhecimento.
Embora a maior parte dos adultos maiores apresente múltiplos problemas de saúde com o passar do tempo, a idade avançada não implica em dependência. Além disso, ao contrário do que se pensa, o envelhecimento tem muito menos infuência nos gastos com atenção à saúde do que outros fatores, inclusive os altos custos das novas tecnologias médicas. Guiado por estas evidências, o relatório busca avançar o debate sobre a resposta de saúde pública mais apropriada ao envelhecimento das populações em direção a um território novo e muito mais amplo. A mensagem principal é otimista: na vigência das políticas e serviços apropriados, o envelhecimento da população pode ser considerado uma preciosa oportunidade tanto para os indivíduos como para o mundial de envelhecimento e saúde as sociedades.
O marco conceptual resultante apresentado no relatório tem como objetivo guiar a implantação de medidas concretas de saúde pública e pode ser adaptado para uso em países em todos os graus de desenvolvimento econômico. Ao formular este marco conceptual, o relatório realça que o envelhecimento saudável é mais que apenas a ausência de doença.
Para a maioria dos adultos maiores, a manutenção da abilidade funcional é mais importante. Os maiores custos à sociedade não são os gastos realizados para promover esta abilidade funcional, mas sim os benefícios que poderiam ser perdidos se não implementarmos as adaptações e investimentos necessários. O enfoque social recomendado para abordar o envelhecimento da população, que inclui a meta de construir um mundo favorável aos adultos maiores, requer uma transformação dos sistemas de saúde que substitua os modelos curativos baseados na doença pela prestação de atenção integrada e centrada nas necessidades dos adultos maiores.
As recomendações do relatório são substanciadas pela evidência, abrangentes e orientadas para o futuro, mas sumamente práticas. Do princípio ao fm, o relatório usa exemplos de experiências de diferentes países para ilustrar como problemas específcos podem ser abordados através de soluções inovadoras. Os temas explorados variam desde estratégias para prestar atenção integral e centrada nas pessoas, às populações mais velhas, às políticas que permitam que os adultos maiores vivam com conforto e segurança e às maneiras de corrigir os problemas e injustiças inerentes aos sistemas atuais de atenção a longo prazo.
Na minha opinião, o Relatório Mundial sobre Envelhecimento e Saúde tem potencial para transformar a maneira como os formuladores de políticas e prestadores de serviço veem o envelhecimento da população—e ajudá-los a programar-se para aproveitar este fenômeno ao máximo. Dra. Margaret Chan Diretora-geral Organização Mundial da Saúde
http://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf
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