O Brasil está em 56º lugar para se viver depois dos 60 anos
Os pesquisadores avaliaram as condições dos idosos em quatro categorias: renda, saúde, educação e emprego, e ambiente favorável. O Brasil ficou no ranking geral no 56º lugar. O melhor quesito é a renda (13ª posição no mundo), com uma alta cobertura de renda de pensão (86,3%) e uma baixa taxa de pobreza na velhice (8,8%). Em relação à saúde dos idosos, o País está em 43º lugar, com uma expectativa de vida de 21 anos após os 60 anos. Em relação à educação e emprego, o Brasil está em 58º lugar.
O terceiro relatório recém divulgado da ong HelpAge International, Global AgeWatch Index 2015, em colaboração com a Universidade de Southhampton, no Reino Unido, indica os melhores e piores países sobre condições socioeconômicas para se viver depois dos 60 anos. Foram 96 países avaliados. O Brasil, que no relatório do ano passado estava em 58º lugar, subiu dois no ranking, passando para 56º lugar, graças ao sistema de previdência social público construído no país ao longo dos últimos anos. A lista representa 91% da população mundial com mais de 60 anos, o que equivale a cerca de 901 milhões de pessoas.
Este é um dos raríssimos relatórios focados na Gerontologia Social. A pesquisa tomou como base quatro indicadores, os mesmos dos anos anteriores: renda, saúde, educação e emprego, e ambiente favorável. Graças ao primeiro indicador, renda, o Brasil está em 13º lugar no mundo. A renda é o melhor quesito, com uma alta cobertura de renda de pensão (86,3%) e uma baixa taxa de pobreza na velhice (8,8%).
Em relação à saúde, o País está em 43º lugar, com uma expectativa de vida de 21 anos após os 60 anos - um ano menos que a média regional. Quanto a educação e emprego, o Brasil está em 58º lugar, melhor do que no ano passado, graças à revisão dos dados educacionais e a um aumento da taxa de emprego entre idosos.
Segundo a pesquisa, o pior aspecto para os idosos brasileiros é a categoria ambiente favorável, na qual o País está entre os últimos: 87º lugar, por causa das taxas, abaixo da média regional, de "satisfação com segurança" (28%) e "acesso a transportes públicos" (45%).
A Seguridade Social brasileira abrange saúde, previdência e assistência social. Aliás, ela se destaca como uma das principais formas de proteção social, em especial em relação à parcela mais necessitada da sociedade: aqueles em situações de risco social causadas por doenças e idade avançada. As ações da Previdência Social têm contribuído para a redução da pobreza e inclusão social, além de proteger um mínimo nível de renda. O grande desafio está em garantir aposentadorias suficientes.
Portugal, por exemplo, aparece na classificação geral em 38º lugar, mas quando a análise é feita com os 19 países da Europa Ocidental, Portugal é remetido para a base da tabela, sendo o terceiro pior, só à frente de Malta e da Grécia, a assegurar o bem-estar social e econômico das pessoas com 60 ou mais anos de idade. Comparativamente com o Índice de 2014, Portugal cai uma posição, mas olhando para 2013 a queda é de quatro lugares. Portugal é o terceiro pior país da Europa Ocidental.
O melhor país para se longeviver é a Suíça, seguida de perto pela Noruega, depois Suécia, Alemanha, Canadá, Holanda, Islândia, Japão, Estados Unidos e Reino Unido. O Afeganistão está em 96º lugar, o pior país para pessoas com mais de 60 anos.
No continente sul-americano, o Chile aparece com melhor colocação no rankin geral: 21º lugar, seguido pelo Uruguai (27º), Argentina (31º), Colômbia (36º), Equador (44º), e Peru (48º),todos com posições melhores que a do Brasil. Paraguai (69º) e Venezuela (76º) aparecem como os piores países para idosos envelhecerem.
Em declaração à imprensa internacional, o coordenador do estudo, Asghar Zaidi, do Centro de Pesquisa em Envelhecimento da Universidade de Southampton, assinalou que "O ranking é vital para representar as vidas de pessoas mais velhas em países de todo o mundo, porque nos permite comparar não apenas as renda de pensão e a saúde, mas também avaliar se os ambientes onde eles vivem são amigáveis para os idosos".
Segundo ele, os países “que mais implementam políticas, que promovem pensões sociais, atendimento de saúde universal e permitem bons ambientes físicos e sociais para os idosos", são os que estão no topo da lista.
Quinta - feira, 10 Setembro 2015
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