Por Alendre da Silva O que significa falar sobre envelhecimento sem a presença de pessoas idosas? Em muitos encontros e debates pelo Brasil elas estão ausentes não por falta de interesse, mas porque existem barreiras reais que dificultam sua participação como falta de transporte, de recursos financeiros e de acessibilidade. Mas essa ausência vai além do físico, já que revela um apagamento político e social. Se as pessoas idosas não estão nesses espaços, quem está decidindo por elas? 💬Como garantir que não falemos sobre pessoas idosas, mas sim com elas? Fonte: https://www.instagram.com/p/DI1_h7kx2gw/?utm_source=ig_web_copy_link&fbclid=IwY2xjawJ3kLFleHRuA2FlbQIxMABicmlkETFnT052RUdlVVNBSUhkZzYzAR6fLVam9zBh_5dR6yukKmKsTcg6-fMPQgVIZ_rb80V6nNwszP2bP45L7qZjmQ_aem_63KICdeRLzf6uFekuBJmbw
debora_d_diniz Os livros da atriz Tetê Medina foram jogados assim na rua. Numa esquina qualquer do Jardim Botânico. Um lixo sem memória. As coisas são coisas quando morremos. Elas podem ou não ter memória, podem ou não ter significados para quem fica. Podemos rapidamente ser esquecidas e essas coisas ficarem como mementos. Mas a cena dos livros nos faz sofrer. Ao menos, a mim é inquietante. Os livros, esses companheiros de solidão e prazer, assim ali, largados no chão. Talvez os livros devessem ser como as outras coisas da pessoa morta —uma meia usada, uma cafeteira, um lençol puído. Só que não são. Com os livros, em particular aqueles que nos transportam para outras vidas e sentidos, nos transformamos, assim parece que os livros são como parte de nossa intimidade largada e exposta na rua. Como se fosse, perdoem o exagero, um pedaço da carne exposta. Não faço qualquer julgamento sobre os que lançaram os livros ao chão —há falta de espaço, não são todos que gostam de ler ou que consider...